Maia volta a 'alfinetar' Bolsonaro, agora sobre a Venezuela
Bolsonaro havia dito que qualquer atitude do Brasil sobre a Venezuela seria exclusivamente da Presidência; Maia respondeu
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira que o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, esclareceu a ele que uma mensagem no Twitter feita pelo presidente na véspera sobre a Venezuela não tratava da possibilidade de declaração de guerra e afirmou não ter interesse em conflito com Bolsonaro.
"Recebi mensagem do senador Flávio Bolsonaro esclarecendo que a postagem do presidente Bolsonaro em sua conta no Twitter, ontem, sobre a crise na Venezuela não tratava da possibilidade de declaração de guerra. Isso nos tranquiliza, porque é uma postura de respeito ao Parlamento", escreveu Maia no Twitter.
A situação da Venezuela preocupa a todos. Qualquer hipótese será decidida EXCLUSIVAMENTE pelo Presidente da República, ouvindo o Conselho de Defesa Nacional. O Governo segue unido, juntamente com outras nações, na busca da melhor solução que restabeleça a democracia naquele país.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 30 de abril de 2019
Na terça, em meio ao agravamento das tensões na Venezuela, Bolsonaro foi ao Twitter afirmar que qualquer decisão do Brasil sobre a Venezuela seria tomada "exclusivamente" pelo presidente da República, após ouvir o Conselho de Defesa Nacional.
Maia, que está desde segunda-feira em viagem internacional, reagiu lembrando os artigos da Constituição "que é competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar uma declaração de guerra pelo presidente da República".
Nesta quarta, o presidente da Câmara negou que sua mensagem na rede social tenha sido uma tentativa de criar conflito com o presidente, com quem trocou farpas publicamente, e afirmou que está junto com Bolsonaro para aprovar a reforma da Previdência.
"Deixo claro que fiz apenas uma ressalva respeitosa. Não tenho nenhum interesse no conflito com o presidente. Precisamos estar juntos para aprovar a Nova Previdência", escreveu Maia.
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