Lula diz que vice tem que ser contraponto ao PT e espera decisão de Alckmin sobre partido
Declaração foi dada com exclusividade ao Grupo Liberal
O ex-presidente Lula reafirmou que não há decisão sobre uma aliança com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que viria como vice na chapa, mas a possibilidade não foi descartada. Segundo o petista, a decisão não pode ser concretizada porque Alckmin ainda está sem partido e próprio Lula ainda não definiu se virá candidato.
“Eu estou conversando com muitos partidos políticos, com muitas personalidades políticas. Ainda tenho que ir ao Pará conversar com o governador Helder, conversar com Jader Barbalho, conversar com PT, conversar com outras forças políticas que estão conosco, PSOL, PV. Então, eu não posso dizer quem será o vice, primeiro porque nós ainda estamos construindo essa possibilidade”, declarou, durante a entrevista exclusiva ao Grupo Liberal, no início da tarde desta sexta-feira (28).
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Porém, ele ressaltou as características que espera do vice. “O que eu posso dizer é que o vice não será um cara igual eu. Ele terá que ser diferente. Terá que ser um contraponto ao próprio PT. Ou seja, alguém que possa trazer outros setores da sociedade e possa ajudar na construção do funcionamento de um governo de coalisão com esse Congresso Nacional do jeito que ele está. Nós vamos precisar discutir essa tal dessas emendas secretas, desse orçamento secreto. Não é possível que quem está governando hoje são os deputados, não o presidente da República. Aliás, não tem na história da República brasileira, um governo tão frágil, tão desacreditado, um governo tão inoperante na relação com o Congresso Nacional como o governo Bolsonaro. Ele não governa nada”.
Lula diz procurar uma pessoa que tenha “o comportamento, a lisura, a dignidade e competência” do ex-vice-presidente José Alencar. “Será muito difícil a gente encontrar no mundo alguém que conseguiu ter a sorte de ter um vice como eu tive”, afirmou.
“Obviamente eu espero que a gente possa reconstruir, não pra mim, mas para o Brasil, um vice que ajude. Porque o vice no meu governo participa efetivamente. É um vice por inteiro. Por isso que eu estou discutindo, as conversas estão andando, estou fazendo debate. Espero que o Alckmin em algum momento se defina por um partido político que esteja na base de apoio da nossa candidatura para a gente poder trabalhar e anunciar para a sociedade o gol que você tanto almeja”.
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