Lula diz que nenhuma 'genialidade' pode ser anunciada por ministros sem passar pela Casa Civil
Declarações foram dadas pelo presidente durante abertura de reunião ministerial com as áreas social e econômica
Em pronunciamento durante a abertura de reunião ministerial com as áreas social e econômica, nesta terça-feira (13), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desautorizou ministros a anunciarem qualquer medida sem antes consultar a Casa Civil, comandada por Rui Costa. Ele afirmou que o Governo não pode "correr risco de anunciar coisa que não vai acontecer". Por isso, "para que as coisas fiquem bastante corretas, coesas e harmônicas", o presidente pediu que tudo passasse pela Casa Civil antes.
“É muito importante que nenhum ministro, nenhuma ministra anuncie publicamente qualquer política pública sem ter sido acordado com a Casa Civil, que é quem fazer com que a proposta seja do governo. Nós não queremos de ministros. Todas as propostas de ministros deverão ser transformadas em propostas de governo”, disse o presidente.
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Um dia antes, na segunda-feira (13), o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, informou que o governo iria implementar um programa para baratear as passagens de avião. O programa, segundo ele, será destinado aposentados, estudantes e funcionários públicos que recebam até R$ 6.800. França informou ainda que a meta do governo era ocupar as vagas ociosas dos voos oferecendo as passagens aéreas a R$ 200, e que seria estabelecido um limite de 4 passagens por ano (contando ida e volta) para cada beneficiário. Porém, as associações e empresas de aviação foram pegas de surpresa com o anúncio.
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“Qualquer genialidade que alguém possa ter, é importante que antes de anunciar faça uma reunião com a Casa Civil. Para que a Casa Civil discuta com a Presidência da República para que a gente possa chamar o autor da genialidade e a gente anunciar publicamente como se fosse uma coisa do governo", disse Lula, durante a reunião.
Segundo ele, “alguns casos” que já aconteceram seriam citados durante a parte fechada da reunião ministerial. “Vocês terão o apoio, todo o apoio. Combinando com o Haddad e com a Simone, que são as pessoas que cuidam do caixa do governo para que a gente não erre, para que a gente não prometa aquilo que não pode cumprir. Para que a gente faça apenas aquilo que está dentro das nossas possibilidades. E se tiver que arriscar alguma coisa, a gente arriscar com o viés de acerto acima e uns 80%".
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