Lula admite que Brasil não está preparado para enfrentar eventos climáticos extremos

Presidente ressalta que o país não possui a infraestrutura necessária para lidar com eventos severos

O Liberal
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (17/9) que o Brasil "não está 100% preparado para lidar" com eventos climáticos extremos, durante uma reunião com ministros e representantes dos três Poderes, focada nas queimadas e na seca histórica que afetam o país.

"Nós vivemos, nos últimos dias, um agravamento da situação no Brasil", declarou o presidente, durante a abertura do encontro. A reunião também contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Entre os participantes estavam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso.

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O governo federal destacou que o objetivo do encontro é transformar o combate às queimadas em uma política de Estado, dando prioridade ao enfrentamento desses desafios.

Lula ressaltou que o país, atualmente, não possui a infraestrutura necessária para lidar com eventos climáticos severos. "O fato é que o Brasil não está totalmente preparado para enfrentar esses desafios. Até 90% das cidades não têm infraestrutura adequada. Poucos estados têm uma Defesa Civil equipada, Corpo de Bombeiros e brigadistas suficientes", afirmou o presidente.

A seca recorde, que se estende por todas as regiões do Brasil, aliada ao aumento das temperaturas, tem favorecido a propagação das queimadas. Importantes biomas como a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal estão sendo gravemente afetados. Até o dia 9 de setembro, 18 milhões de hectares desses biomas já haviam sido destruídos pelo fogo, uma área equivalente ao estado do Paraná.

Presidente alerta sobre impactos das mudanças climáticas

Lula também fez um alerta sobre os impactos das mudanças climáticas, citando as tragédias recentes no Rio Grande do Sul, como as enchentes no Vale do Taquari, e as queimadas devastadoras que têm marcado o semestre. "Estamos percebendo que a natureza está dando sinais: 'ou vocês cuidam de mim, ou não vou suportar os danos causados pelos humanos'", declarou o presidente.

Outro ponto de preocupação levantado por Lula foi a suspeita de que muitos dos incêndios sejam provocados de forma criminosa. "Apesar de não podermos provar que a maioria das queimadas é de origem criminosa, há uma forte suspeita. Durante uma visita à Amazônia, vimos focos de incêndio que pareciam uma provocação, como se quisessem que víssemos o fogo sendo iniciado", relatou o presidente.

A preocupação com incêndios criminosos é uma prioridade para o governo federal, que busca medidas eficazes para combater essa prática e mitigar os impactos das queimadas no país.

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