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Helder Barbalho destaca protagonismo da Amazônia com a COP 30 durante evento em Davos, na Suíça

O painel, chamado “Brazil: More Action Ahead?”, tratou da COP 30 e os novos esforços do Brasil diante de um cenário de protagonismo global

O Liberal

Participante de um painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, nesta terça-feira (21), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), destacou a construção da política ambiental e climática iniciada em 2019 no Pará, que resultou na redução do desmatamento em níveis históricos, no desenvolvimento do Plano Estadual de Bioeconomia, na estratégia de Pagamento por Serviços Ambientais e no lançamento da concessão para restauração florestal, estratégia pioneira no país.

O evento abordou os amplos desafios socioeconômicos para o país, como desigualdade e transição energética, e o painel, chamado “Brazil: More Action Ahead?”, tratou da COP 30 e os novos esforços do Brasil diante de um cenário de protagonismo global estiveram em destaque.

Além do governador do Pará, estiveram presentes o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF); Eduardo Paes, prefeito da cidade do Rio de Janeiro; Ilona Szabó de Carvalho, cofundadora e presidente do Instituto Igarapé; e Luana Marques Garcia Ozemela, vice-presidente de Impacto e Sustentabilidade do Ifood.

Avanços no Pará

Em sua fala, Barbalho mencionou que o Estado, em 2019, "ousou ao tomar a decisão de construir uma nova história, um novo caminho para o seu modelo de uso da terra e estratégia de desenvolvimento".

"Lembremos que o Pará protagonizou ao longo do tempo um modelo extrativista e exploratório de uso do solo. A partir disso, nós precisávamos combater ilegalidades ambientais, diminuir desmatamento e queimadas, e isso tem trazido um resultado importante", disse.

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Helder destacou ainda como o Estado investiu no incentivo à mudança de uso do solo, por meio do Plano Estadual Amazônia Agora, adotando estratégias que, segundo o governador, incentivam a mudança da lógica da pecuária de extensividade e sim criar um conceito de intensificação.

“De 2021 a 2024 nós conseguimos aumentar em 3 milhões o número de cabeças de gado e reduzimos em 42% o desmatamento, então foi possível reduzir o desmatamento e aumentar o número de cabeças de gado”, exemplificou ele.

Bioeconomia, carbono e restauração 

Ainda durante o evento, Helder Barbalho usou como exemplos a criação do Plano de Bioeconomia, a inserção do Estado no mercado de carbono, o desenvolvimento da política de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e a concessão para restauração para evidenciar os resultados da estratégia adotada pelo Executivo.

“Criamos um Plano de Bioeconomia, identificando os principais produtos da biodiversidade que poderiam agregar valor e gerar uma nova economia em escala, destacando bioalimentos, cosméticos, fármacos, biomateriais, e no mercado de carbono, hoje o Estado já tem, projetado em certificação cerca de 300 milhões de toneladas a serem comercializadas", pontuou.

De acordo com ele, agora o Pará parte para a lei de repartição dos recursos das transações dos créditos, "para ficar em lei quanto cada um tem direito, e estes são povos indígenas, quilombolas, extrativistas, agricultura familiar e atividades rurais também e o que couber ao Estado a ser aplicado na continuidade da política de redução do desmatamento”.

Protagonismo e COP 30 

O governador do Pará, que será sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), neste ano, também destacou que o Brasil e a Organização das Nações Unidas (ONU) quebram um paradigma ao promover o debate sobre meio ambiente na Amazônia.

“Fazer a COP na Amazônia, pós Dubai, pós Baku, é uma mensagem clara que as Nações Unidas dão quando escolhem uma cidade da Amazônia, e é uma mensagem clara do Brasil, que está quebrando um paradigma, com a coragem de colocar as pessoas para discutirem meio ambiente com o pé na floresta, para conhecer efetivamente o que é viver na Amazônia", disse.

O governador ressaltou que há 29 milhões de pessoas que vivem na região e que precisam ser enxergadas. "Não podemos deixar de aproveitar o que a COP em Belém, na Amazônia, o protagonismo do Brasil, pode nos deixar no dia seguinte a isto, e por isso eu destaco que nós devemos buscar como nação”, concluiu Helder Barbalho.

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