Fórum Econômico Mundial: governador do Pará discute expansão de créditos de carbono em Davos
Helder se reuniu representantes da Mecuria Energy Group, uma das maiores empresas independentes de energia e commodities do mundo
O governador do Pará, Helder Barbalho, participou nesta segunda-feira (20/1) do Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça. Durante o evento, ele se reuniu com representantes da Mecuria Energy Group, uma das maiores empresas independentes de energia e commodities do mundo. O encontro teve como objetivo principal debater o crescimento da demanda por créditos de carbono jurisdicionais dentro do Sistema Jurisdicional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), em desenvolvimento no Pará.
Na reunião, que contou com a presença de Enric Arderiu, vice-presidente da Mecuria, e Celso Fiori, diretor da empresa no Brasil, Helder Barbalho apresentou os avanços alcançados na implementação do sistema REDD+ no estado. Ele destacou que o processo tem sido conduzido de forma colaborativa, envolvendo indígenas, quilombolas, extrativistas, agricultores familiares e comunidades tradicionais.
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O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Raul Protázio Romão, e a secretária adjunta de Bioeconomia, Camille Bemerguy, também participaram do encontro, reforçando o compromisso do governo com a pauta ambiental e a transição para uma economia sustentável.
Sistema integra o Plano Estadual Amazônia Agora
O Sistema de REDD+ no Pará faz parte do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), uma iniciativa do governo estadual para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Entre os objetivos do PEAA está a diminuição de, no mínimo, 37% das emissões de gases provenientes da conversão de florestas e uso da terra até 2030, além de uma redução de 43% até 2035.
Em setembro de 2024, o governo do Pará firmou um acordo de intenções com a Emergent, organização responsável pela Coalizão LEAF, visando a negociação de 12 milhões de créditos de carbono florestal de alta integridade. Esses créditos são oriundos de reduções no desmatamento ocorridas no estado entre 2023 e 2026 e representam um investimento estimado em quase R$ 1 bilhão.
Para viabilizar esse acordo, o estado planeja realizar, ainda este ano, mais de 30 Consultas Livres, Prévias e Informadas (CLPIs) com povos indígenas e comunidades tradicionais, garantindo que esses grupos sejam beneficiados com os recursos gerados.
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