Eleições 2022: Conheça os vices nas chapas dos candidatos ao Governo do Pará
Na lista, há 5 homens e três mulheres. Alguns disputam a eleição pela primeira vez
Com a responsabilidade de assumir o cargo mais alto do Poder Executivo em caso de uma eventual ausência do titular, o vice tem um papel importante no cenário político. Na corrida ao Governo do Pará, dos oito que tentam chegar a esse posto, três são mulheres e cinco entram na corrida pelo voto pela primeira vez. Os outros três que já disputaram uma eleição, não chegaram a ser eleitos. Na lista, há candidato ligado a área do esporte, administradores, cabeleira e servidores públicos.
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O cientista social e mestre em ciência política Ribamar Braun, explica que nesta ciência, são analisadas as atribuições legais e atribuições políticas eleitorais do vice. Falando sobre as atribuições legais, assim como o vice-presidente, o vice-governador tem o papel de assumir o cargo de chefe do Poder Executivo em caso de vacância no cargo, por morte, doença ou outros motivos que levem ao afastamento do titular. “O vice-presidente também tem papel de aconselhamento, é como se fosse uma “Presidência compartilhada”, para compor constitucionalmente o processo de governo. Tem que acompanhar os processos”, observa.
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Quanto à contribuição no debate eleitoral, Ribamar Braun observa que o vice, geralmente, é de partidos que fazem parte da aliança de base e sua escolha tem como objetivo ampliar o campo eleitoral do governador. “Se ele tem uma ação muito mais metropolitana, ou com trabalhadores do comércio, construção civil, ele vai escolher um vice que amplie a área eleitoral dele. No caso do Pará, como é um estado grande, geralmente, os vices são escolhidos pela influência regional, então, geralmente os vice vieram do Tapajós, Baixo Amazonas, Sul do Pará. Recentemente, vem sendo levada em consideração a importância da ação governista desses representantes, a capacidade de governabilidade. A gente percebe que eles estão muito mais preparados para assumir um possível governo ou, num futuro próximo, suceder o atual governante em um processo eleitoral. Então, hoje, também são as duas perspectivas que levam em consideração”.
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Para o cientista político, os últimos acontecimentos políticos no Brasil, como os impeachments da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, e até mesmo de Fernando Collor de Mello, em 1992, também são fatores predominantes nesse debate. Enquanto no pleito regional a maioria dos vices está de fato ainda nessa configuração em que a influência das regiões são levadas em consideração de forma muito pertinente, na presidência se leva muito em consideração a questão ideológica. “Por exemplo, essa aproximação com o chamado "centrão" que o governo anterior tinha era perspectiva comum. Hoje em dia, essa aliança no campo presidencial muda. Na Presidência, hoje, está se buscando muito uma aliança paritária, pessoas que tenham ideais políticos/econômicos mais próximos, o que diminuiria a possibilidade de golpe ou de outros processos políticos paralelos”, avalia.
Veja quem são os candidatos a vice-governador do Pará
Benedita do Amaral (PSTU)
Benedita Duarte do Amaral nasceu na cidade de Moju, no dia 15 de setembro de 1954, e é servidora pública municipal. Candidata a vice na chapa de Cleber Rabelo (PSTU), ela tenta entrar na política desde 2006 e já concorreu a cargos de deputada federal, vereadora, e senadora. Não é a primeira vez que concorre a vice-governadora – em 2014, entrou na disputa com Marco Carrera, então candidato ao Governo pelo PSOL. Dois anos depois, concorreu a vice-prefeita de Belém, ao lado de Rabelo, que disputou o cargo de prefeito.
Fernando Dourado (PRTB)
Antônio Fernando Dourado Delgado é candidato a vice de Felipe Augusto Francisco Borges (PTB), o Dr. Felipe, que disputa o Governo. Natural de Belém (PA), Fernando nasceu no dia 7 de setembro de 1971 e sua ocupação é "atleta profissional e técnico de desporto", segundo informações divulgadas à Justiça Eleitoral. Trabalhou em outros países, entre eles Qatar, China e Líbia, tendo treinado diversos clubes no Brasil. Disputa pela primeira vez uma eleição.
Hana Ghassan (MDB)
(Divulgação)
A servidora pública estadual, Hana Ghassan (MDB), de 54 anos, concorre pela primeira vez a um cargo eletivo, como vice na chapa de Helder Barbalho (MDB). Nasceu em Belém (PA) e é formada em Ciências Contábeis na UFPA. Auditora fiscal da Sefa, foi Secretária de Finanças da Prefeitura de Belém e de Planejamento da Prefeitura de Ananindeua. Na gestão de Helder Barbalho, exerceu o cargo de titular da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração.
Luciano Bombeiro (PMB)
Bombeiro militar, Luciano Nazareno de Furtado Sewnarine tem 45 anos e entra pela primeira vez na corrida eleitoral. Paraense de Santa Isabel do Pará, ele é candidato a vice na chapa liderada por Sofia Couto ao Governo do Estado. Os dois concorrem pelo Partido da Mulher Brasileira.
Murilo Monteiro (AGIR)
Nascido no dia 22 de outubro de 1980, Murilo Monteiro de Souza é natural de Belém e exerce a ocupação de advogado, conforme as informações declaras ao Tribunal Superior Eleitoral. Vice na chapa encabeçada por Paulo Roseira (AGIR), ele disputa pela primeira vez um cargo eletivo.
Nilo Rendeiro (Solidariedade)
Nilo Emanoel Rendeiro de Norinha disputou o cargo de vereador de Belém, nas eleições de 2020, mas conquistou 758 votos e não foi conseguiu se eleger. Nesta eleição, ele entra novamente na corrida pelo voto como candidato a vice na chapa de Major Marcony (Solidariedade). Natural de Salvador (Bahia), ele tem 59 anos e é administrador.
Rosiane Eguchi
A candidata a vice na chapa de Zequinha Marinho (PL) é a servidora pública municipal Rosiane Chagas Mesquita Eguchi (PSC), de 49 anos. Natural de Macapá, ela disputa pela primeira vez uma eleição. Rosiane é esposa do delegado da polícia federal Everaldo Eguchi, que disputou o segundo turno das eleições 2020 para Prefeitura de Belém.
Vera Rodrigues (PSOL)
Vice na chapa encabeçada por Adolfo Oliveira (PSOL), Josiane Silva Rodrigues, que na urna estará identificada como Vera Rodrigues, tem 39 anos e nasceu em Melgaço, no Pará. Conforme as informações repassada ao TSE, ela exerce a ocupação de cabeleireira. Chegou a se candidatar à Prefeitura de Breves, em 2020, mas teve 345 votos (0,66% dos válidos), e não se elegeu.
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