Deputado Igor Normando diz que caso Arthur do Val foi ‘fato isolado’ no Podemos
Deputado estadual paraense afirmou que repudia qualquer ato sexista, machista e preconceituoso, especialmente de figuras públicas
O deputado estadual Igor Normando (Podemos) defendeu, em entrevista exclusiva à repórter Natália Mello, do jornal O Liberal, a saída de Arthur do Val, colega de partido, da sigla, após este fazer declarações sexistas e machistas sobre refugiadas ucranianas na última semana, durante visita ao país, em guerra desde o dia 24 de fevereiro. “Nosso mandato repudia qualquer ato sexista, machista e preconceituoso, ainda mais vindo de figuras públicas que deveriam zelar justamente pelo bem-estar das pessoas”, disse o parlamentar paraense.
De acordo com Igor, o papel do Legislativo é sensibilizar as pessoas e ser porta-vozes, e que um agente público que comete uma atrocidade como essa, como ele classificou, deve ser punido para mostrar que a lei é para todos, até pra ser pedagógico e, na opinião dele, para que outros agentes não cometam crimes como. O parlamentar destacou que, antes mesmo do deputado pedir para sair da legenda, foi feita a solicitação da desfiliação dele, que foi acatada pelo Podemos.
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Confira abaixo a entrevista:
O que o senhor achou da desfiliação do parlamentar Arthur do Val?
R- Eu acho que ele teve uma atitude que na minha opinião foi a mais acertada, que foi a desfiliação do partido, o partido acatou e agora não tem mais o que se discutir no âmbito partidário. Eu acho que ele teve uma atitude coerente, não forçar uma situação desnecessária tendo a gravidade do assunto.
O episódio não pode prejudicar a imagem do partido? Como o assunto deverá ser tratado pelo partido e Sério Moro?
R- Eu vejo que o partido é um reflexo da sociedade, evidentemente nós somos humanos errantes que cometemos erros, temos defeitos e respondemos pelas nossas atitudes. Nós temos milhares de filiados, e não temos condições de botar a mão no fogo por nenhum filiado, precisamos acreditar que os filiados que assinam a ficha têm a vocação e interesse de zelar pelo estatuto e pelo manifesto partidário. E aqueles que não seguirem esse estatuto e manifesto partidário deverão sair e sofrer sanções, que foi exatamente o que aconteceu, então eu acho que isso é natural na vida partidária.
Como reconstruir a imagem do partido nacionalmente, com esse caso que teve tanta repercussão?
R- Eu acho que o partido não sofreu um arranhão, o que houve foi simplesmente uma atitude que foi rapidamente corrigida pela nacional, um fato isolado. Eu não vejo que tantos filiados, tantos mandatários tenham que ser punidos pelo fato isolado de um parlamentar, parlamentar que o partido inclusive tomou todas as medidas para que fosse punido pelo que foi dito. Então eu não vejo que arranhou a imagem do partido, eu acho que o partido continua forte, continua com uma mensagem diferente para o povo brasileiro, que é justamente de não se deixar levar pela dicotomia que se criou entre direita e esquerda, de que é possível ter outro caminho.
Existirá alguma medida a ser tomada para evitar esse tipo de postura de membros do partido?
R= A forma que a gente encontra de não acontecer mais fatos como esse é continuar lutando pela equidade de gênero, pelo respeito a todos e todas e fazendo com que o partido seja uma ferramenta de inclusão, de desenvolvimento e que atenda o anseio de todos os brasileiros.
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