Delegado Éder Mauro (PL) faz avaliação sobre primeiro turno: ‘Campanha limpa e orgânica’

O candidato considera positiva a corrida eleitoral até aqui e espera alcançar mais eleitores na segunda votação, marcada para o dia 27

Elisa Vaz
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Sabatinado pelo Grupo Liberal na última quarta-feira (16), o candidato Delegado Éder Mauro (PL), que concorre ao cargo de prefeito de Belém nas eleições deste ano, avaliou a corrida eleitoral até aqui. Ele recebeu pouco mais de 31% dos votos no primeiro turno e passará por uma nova votação no dia 27 deste mês, em segundo turno. De acordo com ele, sua campanha foi limpa e todos os votos recebidos foram orgânicos. A entrevista foi feita durante o programa Liberal + Notícias, com os apresentadores Abner Luiz e Elisa Vaz. Assista:

Confira um trecho da entrevista:

Pergunta: Candidato, o senhor chegou até o segundo turno das eleições deste ano. Como avalia a corrida até aqui?

Éder: Avalio de forma muito positiva. Tivemos uma campanha com recursos encaminhados pelo partido, que são recursos públicos, e única e exclusivamente por eles. Fizemos uma campanha na rua, perante o povo, nas baixadas, mostrando à população o que a gente quer. A gente não faz campanha de laboratório, a nossa campanha é nas ruas. A gente trabalha com os recursos que o partido passa, que são os recursos públicos do povo brasileiro, e só com eles, não tivemos recursos como muitos que aparecem por aí. Então, a campanha é positiva, o momento agora é de podermos nos dirigir aos eleitores que votaram e confiaram no Thiago, no Jefferson e até aqueles que temos embates na questão da esquerda, mas que, certamente, foi massacrada, e é o momento de nos dirigimos a essas pessoas e mostrar que eles foram, simplesmente, pessoas que tiveram a sua ideologia praticamente enterrada dentro do Estado e que o momento agora é de o povo dar a resposta.

O resultado alcançado pelo senhor, de cerca de 31% dos votos, estava dentro da sua expectativa para o primeiro turno?

Sim, diante do que foi feito pela campanha e diante das proporções do adversário, tenho certeza de que conseguimos alcançar a média de 31% neste primeiro turno e agora vamos somar com os votos daquelas pessoas que não acreditam nesse grupo que está aí, que é direcionado por uma única pessoa, que quer tomar conta do Estado, e essas pessoas vão nos acompanhar e vão confiar numa democracia que é muito importante para o Pará e Belém, para tornar salutar a disputa política, porque uma só pessoa não pode mandar no Estado todo, em todos os setores e instituições.

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Desde o dia 6 de outubro, o senhor recebeu alguns apoios, como do Podemos, partido do candidato Jefferson Lima, e do Ítalo Abati (Novo). Mesmo com os votos deles, o senhor ainda não supera seu adversário. Tem alguma aliança que o senhor ainda quer conquistar?

Eu acho que a somatória não está nos votos do Jefferson e do Ítalo, é um todo. Por exemplo, os eleitores do Thiago Araújo, que confiaram e acreditaram nele e no que ele pregou durante a campanha toda, criticando o grupo do adversário, dizendo que era um boneco de fantoche, ele criticou a campanha inteira e hoje trai o seu eleitor. O eleitor não vê de forma salutar. Tenho certeza de que o eleitorado não vai acompanhar o Thiago Araújo onde ele está, os 63 mil votos dele não vão para lá, assim como tenho certeza de que grande parte dos votos da esquerda também não, porque eles estão revoltados com a situação.

Caso o senhor vença a corrida eleitoral no segundo turno, deixará uma cadeira vaga na Câmara dos Deputados. Quem assume como seu suplente?

Infelizmente, é o Delegado Eguchi, que hoje está no grupo do Igor Normando, que se envolve com a esquerda e todas as trapalhadas que conhecemos.

No final do primeiro turno, o senhor disse que conversaria com a esquerda. Não seria uma união também?

Não é uma questão de união, é uma questão de Belém. Quando eu falo da esquerda, estou mostrando para a população e para a própria esquerda que eu sempre respeitei como ideologia, embora não concorde com as lideranças e com as propostas, mas respeito. O problema hoje não é ter ou não o apoio da esquerda, mas ela foi massacrada por esse grupo que está aí.

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Houve uma conversa não oficial antes da pré-campanha de que o senhor não seria o escolhido do Partido Liberal para essas eleições municipais, e sim o deputado estadual Rogério Barra, porque o senhor seria uma figura importante no Congresso Nacional. Agora, tendo o Delegado Eguchi como seu suplente, o senhor acha que o partido perde muito? Será uma mudança impactante para a sua base?

Temos excelentes deputados federais realmente conservadores no Partido Liberal, de direita, que têm uma frente enorme, que defendem as pautas da direita, da família e do patriotismo. Nossa preocupação com o Eguchi, ele mesmo se mostrou como é, não é de direita, nem conservador. Ele é mais um que vai fazer parte do “toma lá, dá cá” quando chegar em Brasília, porque ele não tem compromisso com a direita. Isso é preocupante, embora tenhamos uma frente ampla lá, mas Belém vai ganhar muito tendo uma pessoa realmente independente, que não faz referência a governador ou presidente. Vou, sim, sentar com o governo do Estado, com o presidente da República, pelo melhor de Belém. Minha briga vai ser para fazer mais.

Neste segundo turno, tem uma nova propaganda política do seu oponente, falando sobre a ligação da sua família com a política. Sabemos que esse é um ponto que o senhor sempre toca quando se refere ao seu adversário. Como que o senhor se diferencia dele, na sua opinião?

Existe uma grande diferença entre as pessoas que são familiares meus e os cargos que o governador do Estado tem em órgãos públicos. O meu filho, que tem direito constitucional de votar e ser votado, colocou seu nome à prova, não fui eu que coloquei, quem decidiu foi o povo na rua que o elegeu. A Ágatha, minha sobrinha, foi eleita vereadora como a mais votada do Partido Liberal, uma mulher e mãe. Não fui eu que coloquei ela lá, ela foi eleita com mais de 11 mil votos de belenenses que confiaram nela. A minha vice, minha nora, Dra. Tatiane, nosso partido veio como chapa pura, eu só tinha uma opção, porque queríamos a participação de uma mulher. Só tinha minha nora, uma grande profissional e médica. Diferente do outro lado, que tem mais de 20 cargos dentro da máquina pública que não foram eletivos. A esposa do governador é do TCE-PA, fiscalizando o próprio marido, isso é uma aberração, não foi um cargo eletivo, e sim direcionado pelo governador. Outro parente dele é desembargador, deve ter pouco mais de 35 anos, a OAB-PA modificou seu regimento para que ele pudesse concorrer. É uma vergonha, não vou me calar.

Ao final do primeiro turno, o senhor deve ter mapeado seus eleitores. Quem é o eleitor do Éder Mauro?

O meu voto está em toda Belém, é orgânico. Não sujei a porta de colégio em nenhum momento, estavam só com papel e panfleto azul. Não tive voto comprado. É um voto orgânico, de consciência das pessoas, que acreditam. E tenho certeza de que esses 31% vão aumentar no segundo turno.

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