Após atentado a bomba, prédio do STF volta a ser cercado por grades
Grades também haviam sido posicionadas ao redor da sede após os atos extremistas de 8 de janeiro de 2023
Após o ataque a bomba promovido pelo chaveiro Francisco Wanderley, na última quarta-feira (13.11), o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a ser cercado, como medida de segurança, a exemplo do que ocorreu depois dos atos extremistas de 8 de janeiro. As grades haviam sido retiradas em fevereiro deste ano, em um ato simbólico com a presença dos presidentes Luís Roberto Barroso (STF), Rodrigo Pacheco (Senado), e Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, elas voltaram a ser posicionadas no local um dia após explosões na Praça dos Três Poderes.
Questionado por jornalistas, Barroso negou que tenha ocorrido falha nos procedimentos de segurança ao retirar as barreiras que cercavam o Supremo, em fevereiro. “Esse cidadão (Francisco Wanderley) se explodiu porque não conseguiu entrar. Ele ia se explodir aqui dentro. De modo que a segurança funcionou perfeitamente”, declarou.
Segundo ele, o ato vai impedir a livre circulação de pessoas pela Praça dos Três Poderes.“Estava muito bonito a praça sem grades, as pessoas voltando a passear na praça. Em qualquer lugar do mundo, o sujeito que coloca uma bomba no corpo para se explodir e matar alguém é terrorista. É uma pena que um ato terrorista como esse impeça que a praça volte a ser do povo como ela deve ser”, completou.
Secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública, Alexandre Patury informou que o retorno das grades foi uma das primeiras medidas sugeridas para proteger o tribunal após as explosões. Segundo ele, também está em avaliação o uso de câmeras de reconhecimento facial e drones autônomos para reforçar a segurança. Patury afirma que o protocolo de segurança da Esplanada dos Ministérios é um dos mais rígidos do Brasil.
“Tudo que é organizado, a inteligência [policial] consegue captar. Situações esporádicas, onde uma pessoa termina cometendo algum tipo de atentado, dificultam um pouco”, disse.