MENU

BUSCA

Anielle Franco se manifesta após demissão de Silvio Almeida

O ministro dos Direitos Humanos foi demitido sob acusações de assédio sexual, e entre as vítimas estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco

O Liberal

Nesta quinta-feira (6/9), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, se pronunciou após o ministro dos Diretos Humanos, Silvio Almeida, ser demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Um grupo de mulheres procurou a organização Me Too Brasil, que acolhe vítimas de violência sexual, para relatar supostos episódios de assédio sexual praticados pelo ministro.

Confira o que disse a ministra Anielle Franco, que estaria entre as vítimas dos assédios de Sílvio Almeida: "Hoje eu venho aqui como mulher negra, mãe de meninas, filha, irmã, além de ministra de Estado da Igualdade Racial".

VEJA MAIS

Lula demite ministro Silvio Almeida após acusações de assédio sexual
Presidente já havia sinalizado a saída do ministro, destacando a importância de garantir um ambiente de respeito às mulheres

Candidata a vereadora em SP relata ter sofrido assédio sexual por Silvio Almeida em 2019
Em um vídeo publicado no seu Instagram, Isabel descreve o assédio

Anielle Franco confirma ter sido vítima de assédio de Silvio Almeida, segundo portal
Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco foi ouvida no Planalto

Quem é Silvio Almeida? Ministro de Lula é acusado de assédio sexual
A organização Me Too Brasil confirmou o recebimento de denúncias de assédio sexual; o ministro nega as acusações

"Eu conheço na pele os desafios de acessar e permanecer em um espaço de poder para construir um país mais justo e menos desigual. Desde 2018, dedico minha vida para que todas as mulheres e pessoas negras possam estar em qualquer lugar sem serem interrompidas. Não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência. Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi", destacou a ministra.

E acrescentou, ainda, no comunicado divulgado nas redes sociais: "Tentativas de culpabilizar, desqualificar, constranger, ou pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade também não cabem, pois só alimentam o ciclo de violência. Peço que respeitem meu espaço e meu direito à privacidade. Contribuirei com as apurações, sempre que acionada".

"Sabemos o quanto mulheres e meninas sofrem todos os dias com assédios em seus trabalhos, nos transportes, nas escolas, dentro de casa. E posso afirmar até aqui, que o enfrentamento a toda e qualquer prática de violência é um compromisso permanente deste governo. Sigo firme nos passos que me trouxeram até aqui, confiante nos valores que me movem e na minha missão de trabalhar por um Brasil justo e seguro pra todas as pessoas", enfatizou Anielle Franco.

Política