Alexandre de Moraes mantém prisão de Roberto Jefferson, que atirou contra a PF
Ministro do Supremo argumenta que réu tem comportamento beligerante e avesso ao cumprimento de determinações judiciais
O pedido de liberdade do ex-deputado Roberto Jefferson foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A decisão mantém a prisão preventiva do político, que ficou conhecido por receber a Polícia Federal com tiros de fuzil e granadas no Rio de Janeiro às vésperas das eleições de 2022.
Os advogados de Jefferson solicitaram a substituição da prisão por medidas cautelares alternativas ou prisão domiciliar, alegando que o ex-deputado está internado no Hospital Samaritano de Botafogo e apresenta um quadro de saúde debilitado.
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O ministro Moraes destacou a gravidade das condutas imputadas a Jefferson e afirmou que não houve "qualquer fato novo que possa macular os requisitos e fundamentos da decisão que decretou a prisão preventiva". Ele ressaltou que nas ocasiões em que foi concedido o benefício de saída do estabelecimento prisional ao ex-deputado, houve descumprimento das medidas impostas, evidenciando a necessidade de sua prisão para garantia da ordem pública.
Moraes enfatizou que o comportamento beligerante e avesso ao cumprimento de determinações judiciais por parte de Jefferson não cessou, mesmo estando atualmente internado em um estabelecimento hospitalar. Quanto à saúde do ex-deputado, o ministro afirmou que as indicações da defesa estão sendo analisadas, mas ressaltou que não há qualquer alteração fática em relação à última determinação de manutenção da prisão.