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Adversários de Bolsonaro e ministros do STF foram alvos de espionagem por servidores da Abin

Ferramenta israelense, o programa espião "FirstMile" teria sido utilizado de forma irregular entre dezembro de 2018 e 2021

O Liberal
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Entre os alvos do monitoramento ilegal realizado por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), jornalistas, policiais, advogados, juízes e integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF). Investigações apontam que o grupo usava sistema de geolocalização para monitorar localização e ligações telefônicas. Uma operação da Polícia Federal (PF) realizada nesta sexta-feira (20) prendeu dois servidores, enquanto cinco foam afastados de seus cargos.

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Ferramenta israelense, o programa espião "FirstMile" teria sido utilizado de forma irregular entre dezembro de 2018 e 2021, porém, com mais intensidade neste último ano, pouco antes da pré-campanha eleitoral. O uso do programa espião de forma irregular foi revelado em março pelo jornal O Globo, o que motivou a abertura de inquérito na Diretoria de Inteligência da PF.

Programa espião

De acordo com a corporação, cerca de 10 mil proprietários de celulares, por ano, podem ter sido monitorados sem a autorização judicial. A ferramenta israelense solicitava que fosse digitado o número do contato e, a partir disso, poderia ser acompanhado em um mapa, com as redes 2G, 3G e 4G, a última localização do dono do aparelho.

O programa permitia que fosse rastreado o paradeiro de alguém com os dados que eram transferidos do celular para torres de telecomunicações instaladas em diferentes regiões. Com essas informações, era possível ver o histórico de deslocamentos e criar "alerta em tempo real" de movimentações em diferentes endereços.

As investigações apontam que os dois servidores da Abin, que mantinham seus cargos até hoje, chegaram a usar o conhecimento sobre o uso indevido como meio de coerção para evitar demissão em processo administrativo disciplinar.

Abin

A Agência Brasileira de Inteligência é o órgão responsável por produzir conteúdos que são repassados ao presidente da República para auxiliar em tomadas de decisões. Alertas, ameaças e boletins são produzidos e enviados de forma direta.

Em nota oficial emitida, a entidade afirma que foi instaurada sindicância investigativa em 21 de março de 2023 e, desde então, "as informações apuradas nessa sindicância interna vêm sendo repassadas pela Abin para os órgãos competentes, como Polícia Federal e Supremo Tribunal Federal", diz o órgão.

A Abin ainda destaca que "todas as requisições da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal foram integralmente atendidas" e que a "Agência colaborou com as autoridades competentes desde o início das apurações".

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