A pedido de parlamentar do Pará, Senado vai debater ataque ao agro nos livros didáticos
Objetivo é discutir viés político e ideológico presente em livros didáticos que abordam o agronegócio brasileiro
O Senado Federal vai discutir o viés político e ideológico presente em livros didáticos que abordam o agronegócio brasileiro. Atendendo a um requerimento apresentado pelo senador do Pará Zequinha Marinho (Podemos), o tema será debatido em audiência pública agendada para o dia 17 de dezembro, pela Comissão de Educação (CE).
Em sua justificativa, Zequinha citou dados levantados pelo estudo da Fundação Instituto de Administração (FIA), da Universidade de São Paulo (USP) que apontam que 60% das menções feitas ao agro nos livros didáticos são negativas.
“Ao invés de formar cidadãos e focar na melhoria da educação para que o Brasil tenha um melhor desempenho no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), estamos vendo um projeto ideológico em que tenta fazer do agro o grande vilão do mundo", argumento o senador.
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O estudo da FIA/USP foi solicitado pela associação De Olho no Material Escolar e reuniu 12 analistas de conteúdo e especialistas do agronegócio durante mais de 3 mil horas para avaliar mais de 9 mil páginas de dez das principais editoras que fornecem livros para o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), utilizados nas redes pública e privada em todo o país.
No levantamento, foram identificadas 746 menções negativas sobre o setor rural. Monocultura, desmatamento, uso de pesticidas e problemas fundiários são os temas mais recorrentes. "O agro é o mais importante segmento econômico do país. Gera riquezas e empregos e produz o alimento que é consumido aqui e mundo à fora. Porque vilanizar o agro?”, questionou Zequinha Marinho.
Foram convidados para a audiência pública os representantes da Associação De Olho no Material Escolar; da FIA/USP; do Ministério da Educação; da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); e do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
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