Vereadora de Belém pede providências sobre taxistas suspeitos de agredir jovens
Os pedidos são direcionados à Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e à Secretaria Extraordinária de Cidadania e Direitos Humanos (SecDH)
Dois documentos elaborados pela vereadora de Belém Lívia Duarte, nesta quinta-feira (2), pedem providências urgentes para o caso das jovens que aparecem em um vídeo sendo agredidas em um ponto de táxi localizado na avenida José Bonifácio, no bairro de São Brás.
Os pedidos são direcionados à Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e à Secretaria Extraordinária de Cidadania e Direitos Humanos (SecDH). “O fato é repugnante e indignante. Nós tomamos a providência de notificar os órgãos competentes. Confirmando que são taxistas, portanto, detentores de concessão, vamos buscar as providências pela Semob, pela Guarda Municipal, que também precisa responder não só pelo patrimônio da cidade, mas pela sua gente. O que nós vemos são cenas de terror praticadas aos olhos nus. Para todas as mulheres, isso é uma camada de medo de se sentirem parte da cidade, de usarem seus direitos plenamente”, pontuou Lívia Duarte.
A reportagem da Redação Integrada de O Liberal entrou em contato com os órgãos mencionados nesta matéria. Por nota, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Extraordinária de Cidadania e Direitos Humanos de Belém (SecDH) e pelas Coordenadorias Municipais da Diversidade Sexual (CDS) e da Mulher (Combel), informou que já está em contato com as duas jovens que sofreram agressões.
O comunicado diz ainda que, nesta sexta-feira, 3, uma delas e seus familiares serão acompanhados pelos órgãos da Prefeitura até a Delegacia de Combate aos Crimes Discriminatórios e Homofóbicos da Polícia Civil, para registro dos fatos. “A equipe da SecDH tem inclusive prestado orientações no âmbito jurídico e deverá acompanhar o inquérito policial que vai apurar as agressões contra as jovens, buscando responsabilizar os autores da violência”, afirma o comunicado enviado à imprensa.
“A Prefeitura, por meio da SecDH, disponibilizou acolhimento psicossocial às vítimas, considerando que as violências sofridas não foram apenas físicas. As autoridades do Sistema de Segurança Pública e Ministério Público também serão acionadas para que sejam tomadas as devidas providências”, garante a prefeitura, acrescentando que “atos de violência contra segmentos em situação de vulnerabilidade social não serão tolerados, muito menos aqueles que tenham motivação por LGBTfobia”.
A prefeitura destaca também que “o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ de forma violenta, e a gestão municipal atua para combater as violações de direitos e defender as liberdades de amar e existir”.
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