Um mês após baleamento no Mormaço, polícia não sabe quem é autor do disparo
Vinícius de Moraes, de 20 anos, segue internado após tiro na cabeça. Quadro segue estável
Nesta terça-feira (15), completa-se um mês do baleamento do jovem Vinícius de Moraes, de 20 anos, que levou um tiro na cabeça dentro da casa de shows Mormaço Bar e Arte, no bairro da Cidade Velha, em Belém, na madrugada do dia 15 de dezembro do ano passado. Até o momento, o homem apontado como autor do disparo, que seria um suposto policial militar, ainda não foi identificado pela polícia.
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Na época do crime, Vinícius foi socorrido e levado Hospital Naval de Belém, que fica às proximidades da casa de shows, e posteriormente encaminhado para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, em estado grave.
No início deste mês, entretanto, seu quadro de saúde apresentou leve melhora e está estável há pelo menos duas semanas. Ele segue internado na instituição de saúde, mas ainda não há previsão de alta médica.
Conforme informaram familiares do jovem, ele teria sido atingido por um disparo de arma de arma de fogo por volta das 3h durante uma confusão generalizada dentro do Mormaço Bar e Arte. Na briga, Vinícius teria sido atingido pelo suposto PM.
INQUÉRITOS
Segundo a Polícia Civil, foram abertos dois inquéritos, que estão tramitando em paralelo: um inquérito policial, que está sob a coordenação da delegada Rose Gouveia, da Seccional do Comércio, onde o caso foi registrado; e um inquérito administrativo, que está sob responsabilidade da delegada Andreza Franco, da Divisão Administrativa (DPA).
O processo administrativo, assim como o processo policial, têm um prazo de aproximadamente 30 dias para serem concluídos, podendo ser renovados por mais de 30.
O inquérito policial apura a tentativa de homicídio contra Vinícius, que foi baleado dentro da casa de shows Mormaço Bar e Arte. Já o inquérito administrativo apura a conduta do estabelecimento (se os procedimentos de segurança estavam adequados, se a rotina do local foi realizada de forma correta etc.)
TESTEMUNHAS
Já foram ouvidas várias testemunhas envolvidas no caso, entre trabalhadores do estabelecimento e frequentadores do local que presenciaram a confusão.
A proprietária do estabelecimento também já foi ouvida pela DPA, que apura a conduta e responsabilidade do espaço diante do crime. A DPA analisa, ainda, quais penalidades cabem ao Mormaço Bar e Arte em face dos acontecimentos, que podem variar entre multa, advertência e cassação do alvará de funcionamento do local, isto é, o fechamento do estabelecimento.
De acordo com a Polícia Civil, já há encaminhamento da motivação do crime, que teria sido uma tentativa de homicídio, decorrente de desentendimento entre a vítima e o autor do disparo - versão que diverge dos relatos de parentes de Vinícius, que alegaram que o jovem teria sido vítima de bala perdida.
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