Transexual morre após ser agredida a pauladas e pedradas em Fortaleza
A mulher ainda teve a casa invadida antes das agressões; o Ceará é o estado mais violento para pessoas trans
Uma travesti de 27 anos, identificada apenas pelo prenome Mirela, morreu após ser alvo de pauladas, pedradas e golpes decorrentes de objeto perfurocortante no último sábado (18), em Fortaleza, capital do Ceará. O estado da região nordeste do país é considerado o mais violento para pessoas trans, segundo levantamento da Rede Trans Brasil.
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De acordo com a investigação, a vítima teve a casa no bairro Floresta invadida pelo autor do crime antes das agressões. Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), Mirela ainda chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
A SSPDS informou que a 8ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso para saber a motivação do crime e identificar o suspeito.
Ceará é o estado mais violento para pessoas trans
O Ceará é o estado mais violento para pessoas trans, segundo mostrou o “Dossiê: Registro Nacional de Assassinatos e Violações de Direitos Humanos das Pessoas Trans no Brasil em 2022”, da Rede Trans Brasil. No ano passado, foram registrados 11 casos de morte violenta de pessoas trans, levando o Ceará ao topo do ranking. O Pará ocupa a 4ª posição.
Só em fevereiro de 2023, pelo menos três casos de assassinatos de pessoas trans ou travestis foram registrados em Fortaleza. Além de Mirela, no último dia 8, o corpo de uma travesti, identificada pelo apelido “Lelê”, foi encontrado no bairro Jardim das Oliveiras. Já no dia 11, uma travesti foi morta a facadas na entrada de um motel no bairro Siqueira.
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