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Traficante procurado pela Interpol em 188 países é preso no Aeroporto Internacional de Belém; vídeo

O acusado havia sido condenado por levar 281 quilos de cocaína do Suriname à Bélgica. Ele foi detido pela Polícia Federal no fim da noite desta quarta-feira (18)

O Liberal

 A Polícia Federal prendeu um traficante de drogas no Aeroporto Internacional de Belém, no fim da noite desta quarta-feira (17), condenado por levar 281 quilos de cocaína do Suriname à Bélgica. Os agentes o capturaram por meio de uma difusão vermelha – espécie de mandado de prisão internacional - da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). Agora, o homem fica à espera da extradição ao país europeu, onde cumprirá a pena. Ele era procurado em 188 países e se tornou uma das prisões mais relevantes dos últimos anos realizadas no Aeroporto Internacional de Belém.

O preso, de cerca de 45 anos de idade e natural do Suriname, era procurado pelo crime realizado no dia 12 de outubro de 2020, quando, junto com outros investigados, participou da exportação de 281 quilos de cocaína para a Bélgica. Ele seria integrante da empresa exportadora, que enviou a droga do Suriname, escondida em uma carga de madeira, para uma empresa importadora europeia. Foram identificados outros membros da organização criminosa e outros possíveis carregamentos de entorpecentes que aportaram em portos belgas, em investigação da polícia local.

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De acordo com informações do delegado Bruno Mota, chefe da Delegacia de Imigração da Polícia Federal, o homem foi detido por volta das 23h50, no Aeroporto Internacional de Belém, enquanto estava prestes a embarcar de Belém para o seu país natal, após ter chegado de Macapá/AP à capital paraense. Com ele, foram encontradas 94 gramas de ouro em joias. Durante a abordagem, o próprio acusado teria se contradito a respeito do motivo da viagem, dizendo que estava embarcando para trabalhar com garimpo e, depois, com madeira no Suriname.

“Esse mandado de prisão veio da Bélgica, por cooperação jurídica internacional, passou pelo Supremo Tribunal Federal, que validou o mandado de prisão, e foi cumprido aqui em Belém. A gente soube, muito rápido, pelo serviço de inteligência da Interpol, que ele ia passar por Belém. Tudo aconteceu muito rápido, mas tivemos êxito no cumprimento desse mandado de prisão”, comenta o delegado.

image A prisão é para cumprir pena por organização criminosa e tráfico internacional de drogas. (Divulgação / Polícia Federal)

Como as investigações são coordenadas pela Bélgica e seguem em sigilo, nem todas as informações sobre o caso são de conhecimento da Polícia Federal, por isso, segundo o delegado, não é possível afirmar o que o procurado estava fazendo exatamente no Brasil nem há quanto tempo já estava pelo país. “Ele chegou a mencionar que tinha uma namorada em Macapá, mas são informações escusas que não podemos afirmar fora da investigação concreta”, comenta o delegado, que também explica o que deve acontecer com o preso a partir de agora: "Como ele não é brasileiro, ele vai ser extraditado para a Bélgica para cumprir a pena naquele país.

Esse processo vai ser conduzido, agora, pelo Supremo Tribunal Federal e a Justiça da Bélgica. Ainda não tem um prazo para acontecer. Enquanto isso, ele permanece custodiado pelo Sistema Penitenciário. Se ele fosse brasileiro, nossa Constituição vedaria a extradição e ele cumpriria pena aqui. Como normalmente os nacionais de seus países não são extraditados, a gente suspeita que ele estivesse indo do Brasil para o Suriname justamente para garantir certa impunidade”.

Oficialmente, o preso estava há cerca de sete meses foragido, depois que a investigação belga o identificou como envolvido no crime de 2020. O mandado de prisão europeu foi emitido em outubro de 2022, mas a difusão vermelha da Interpol saiu há dois meses. A prisão é para cumprir pena por organização criminosa e tráfico internacional de drogas. Após audiência de custódia e interrogatório, o condenado fica à espera do pedido de extradição, para ser enviado à Bélgica.

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