Trabalhadora de campanha denuncia candidato Adriano Doido por suposta agressão em Tomé-Açu
Vítima registrou boletim de ocorrência depois de ter recebido um soco no peito, desferido pelo candidato a prefeito na cidade
Uma das trabalhadoras da campanha do candidato a prefeito de Tomé-Açu, Adriano Doido, registrou um Boletim de Ocorrência (BO) contra o político alegando ter sido vítima de agressão física. Segundo o relato do BO, o candidato desferiu um soco no peito da funcionária após uma discussão. O caso foi registrado na delegacia de Quatro Bocas no último sábado, dia 21.
O registro do caso na polícia conta que a vítima já trabalhava na campanha do candidato há seis meses quando teve uma conversa com a esposa de Adriano Doido a respeito de suas condições de trabalho. A mulher mencionou, especificamente, que a equipe de apoio da campanha não tinha dinheiro para alimentação.
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Uma semana depois dessa conversa, a trabalhadora teria sido chamada até a casa de Adriano Doido pelo próprio patrão, que comentou que tinha ouvido falar que a funcionária estava fazendo comentários negativos de sua campanha. A funcionária teria, então, tentado se explicar e, em seguida, começou a discussão.
No BO é descrito que Adriano Doido alterou o tom de voz de deu vários socos na mesa, chegando a desafiar a funcionária: "Não é tu que é a brabona, bora ver agora". Pouco após isso, o candidato teria se levantado e ido em direção à mulher, desferindo um soco na direção do peito da funcionária.
Neste momento, a esposa do candidato e uma vereadora que estavam na residência entraram no cômodo onde acontecia a discussão e perceberam que a trabalhadora da campanha não estava bem. Elas teriam chegado a pedir desculpas por terem comentado com Adriano sobre o que a funcionária havia dito uma semana atrás.
Por fim, o relato à polícia dá conta, ainda, de que, alguns dias depois, o candidato Adriano teria ido até a casa da vítima e tentado pedir desculpas, mas ela teria se recusado a voltar ao trabalho e disse que queria se manter distante.
A redação integrada de O Liberal solicitou uma nota à Polícia Civil do Pará (PCPA), responsável pela investigação do caso, e a corporação disse que investiga a denúncia sob sigilo pela delegacia de Quatro-Bocas.
Uma solicitação foi feita também ao Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA). O órgão respondeu que o caso ainda não foi comunicado ao cartório eleitoral de Tomé-Açu.
A assessoria do candidato também foi procurada pela redação para prestar esclarecimentos, mas, até o momento, não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
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