CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X
logo jornal amazonia

Testemunhas de acusação mudam versão e denunciam tortura antes depor sobre Chacina

A defesa dos acusados entrou com pedido de revogação da prisão preventiva dos PMs, o que deve ser definido na próxima sexta-feira 1º.

Redação Integrada
fonte

A Justiça Militar realizou, nesta terça-feira (29), a primeira audiência de inquisição de testemunhas sobre o envolvimento de quatro policiais militares (PMs) que estão presos acusados de participação no assassinato de 11 pessoas no “Wanda’s Bar”, em 19 de maio de 2019, no crime que foi chamado de a “Chacina do Guamá”. Ao todo, foram ouvidas seis testemunhas de defesa e quatro de acusação.A previsão é que o julgamento do caso na Justiça Militar ocorra até à segunda quinzena do mês de dezembro deste ano. A Polícia Civil do Pará informou que, em relação a denúncia de excessos cometidos pelos policiais civis, a instituição ainda não foi comunicada oficalmente sobre o caso.

De acordo com a promotoria militar, hoje, deveriam depor as seis testemunhas de acusação mas duas não foram localizadas - a promotoria continuará tentando localizá-las. Das quatro testemunhas de acusação que foram apresentadas, todas elas já estão presas e são réus na Justiça Comum, acusadas de terem planejado a chacina, executada por PMs. Uma delas se recusou a depor, e as outras três delas disseram, em juízo, que foram torturadas psicologicamente por oito delegados de polícia, antes de prestar depoimento à polícia, ainda na fase do inquérito policial.

Segundo essas pessoas, os delegados as ameaçavam dizendo que elas seriam presas junto com a milícia e seriam mortas. À época, elas contaram sobre o crime com riqueza de detalhes. Hoje, mudaram a versão. Sob essa justificativa de tortura/ameaça de morte, pouco falaram à Justiça Militar.

O promotor militar, Armando Brasil, acredita que isso foi uma estratégia da defesa dessas pessoas. Ele afirmou que não ficou preocupado com a mudança de versão porque a Justiça Militar tende a dar maior relevância às provas técnicas do que às testemunhais. E segundo Brasil, o processo está repleto de provas técnicas.

Já a defesa dos acusados entrou com pedido de revogação da prisão preventiva dos PMs, o que deve ser definido na próxima sexta-feira (1º). A previsão é que o julgamento do caso na Justiça Militar ocorra até à segunda quinzena do mês de dezembro de 2019.

A Polícia Civil do Pará informou que em relação à denúncia de excessos cometidos pelos policiais civis, a instituição ainda não foi comunicada oficialmente sobre o caso. Os policiais acusados são Leonardo Fernandes de Lima, Pedro Josimar Nogueira da Silva, José Maria da Silva Noronha e Wellington Almeida Oliveira.

Relembre a "Chacina do Guamá"

Onze pessoas foram mortas a tiros, na tarde do domingo, 19 de maio de 2019, na passagem Jambu, no bairro do Guamá, em Belém. Todos os executores entraram encapuzados no "Wanda's Bar''. Das 11 pessoas assassinadas, cinco eram mulheres e seis homens.

A Policia Civil prendeu Edivaldo dos Santos Santana e Aguinaldo Torres Pinto dois dias após a chacina, no momento em que os dois desmontavam um veículo em uma oficina no bairro da Pedreira. Após essas duas prisões, outras ocorreram em sequência, a exemplo da detenção de um comerciante, dono de uma padaria, também acusado de envolvimento nas mortes no Guamá.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Polícia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM POLÍCIA

MAIS LIDAS EM POLÍCIA