​Suspeitos de estelionato na ilha do Marajó são presos em Manaus

Uma ação conjunta da Polícia Civil do Pará e do Amazonas resultou na prisão de cinco pessoas na cidade de Manaus (AM), no último final de semana. A operação, que também cumpriu mandados de busca e apreensão, faz parte das investigações sobre crimes de estelionato virtual, associação criminosa e lavagem de capitais.

As investigações começaram após ​o registro de uma ocorrência na Delegacia de Soure, em que uma vítima relatou ter transferido R$ 6 mil para a compra de um veículo, descobrindo posteriormente que havia sido enganada por golpistas. O esquema criminoso, segundo as apurações, era operado a partir de Manaus, com vítimas espalhadas por todo o País.

O delegado Rodrigo Amorim, titular da 5ª Superintendência Regional dos Campos do Marajó, explicou o modus operandi dos criminosos. “Eles utilizavam anúncios de venda de veículos de terceiros em aplicativos de compra e venda para enganar as vítimas, agindo como falsos intermediários. Após a realização de investigações financeira e cibernética pela equipe da Delegacia de Soure, foi possível identificar os autores dos crimes. Estima-se que os criminosos tenham movimentado cerca de R$ 165 mil apenas nos meses de dezembro de 2023 e janeiro de 2024”, detalhou.

O delegado-geral da Polícia Civil do Pará (PCPA), Walter Resende, destacou a importância da integração entre as forças de segurança dos dois estados. “A união de esforços entre a Polícia Civil do Pará e do Amazonas foi fundamental nesta operação exitosa que atuou no combate ao estelionato, especialmente contra os paraenses. A integração entre as forças e compartilhamento de informações fortalecem o nosso trabalho, de enfrentamento e combate para desarticular esquemas fra​udulentos, garantindo, assim, maior segurança e justiça para os cidadãos”, afirmou.

A operação contou com o apoio de policiais civis do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Civil do Amazonas. Dos oito mandados de prisão expedidos, cinco resultaram em prisões. Os suspeitos foram interrogados virtualmente por policiais civis da Delegacia de Soure, que conduzem a investigação do caso.