Suspeito de matar mãe que levou tiros no lugar do filho, em Igarapé-Miri, é preso
Ele foi identificado como Valdemir de Sousa Baia, vulgo 'Preto'. Na cidade, homenagens foram prestadas à vítima
No último domingo, 23, Maria do Carmo de Miranda Franco, conhecida como "Carmita", foi morta quando tentou impedir que seu filho fosse alvejado por disparos de arma de fogo, em Igarapé-Miri, nordeste do Pará. Na segunda-feira, 24, o suspeito do assassinato foi preso, identificado como Valdemir de Sousa Baia, conhecido como 'Preto'. A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Pará (PC) à reportagem de O Liberal nesta quarta, 26.
De acordo com informações da página Correio do Norte, o que motivou Valdemir a tentar contra a vida de um jovem e acabar matando sua mãe, Carmita, teria sido uma discussão por causa do empréstimo de uma bicicleta. Na ocasião, Carmita se jogou na frente do tiro para proteger o filho, livrando-o da morte, e foi atingida.
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As forças de segurança pública foram acionadas e a PC informou, ainda no domingo, que Valdemir já havia sido identificado. Na segunda-feira, 24, ele foi localizado e preso. As buscas contaram com apoio da população no compartilhamento de informações com as autoridades.
O crime repercutiu em todo o Pará e chocou, sobreturo, o povo miriense, que fez uso das redes sociais para prestar diversas homenagens à dona Carmita. Em vídeos que circulam na internet, Carmita sempre aparece sorridente, feliz e dançando. Na terça-feira, 27, moradores da cidade se reuniram no Centro Comunitário Divino Espírito Santo para realizar uma celebração de despedida à conterrânea.
"Ela nunca mediu nenhuma dificuldade para ajudar o seu próximo e isso nos mostrou até no último dia da sua vida. Deu a sua vida para salvar o seu filho", disse uma das participantes do velório.
População e familiares fizeram cortejo fúnebre para dona Carmelita. (Reprodução @JornalMirienseOn-Line)
Um parente de dona Carmita comentou que, naquele dia, em vez de velório, era para ser dia de festa, uma vez que era aniversário de um sobrinho que a miriense cuidava como se fosse seu próprio filho, na mesma casa onde ela trabalhava como empregada doméstica. "Ela cuidava do meu primo. Hoje ele está completando dois anos. Era para a gente comemorar e festejar como a gente sempre fez. Tia Carmitinha, como sempre será lembrada, fazia parte da nossa família", comenta o parente.
O sepultamento foi feito ainda na segunda, no cemitério municipal de Bom Jesus, em cortejo que contou com a presença de dezenas de familiares e amigos, que ocuparam as ruas da cidade até o local cemitério.
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