Suspeito de matar idosa atropelada na Pedreira estava bebendo no dia anterior, diz delegado
Vinicius Farias de Assunção Oliveira, suspeito de matar atropelada Ana Maria da Costa Brito, de 71 anos, no dia 19 de junho, em Belém, prestou depoimento nesta quinta-feira (07), na Divisão de Homicídios (DH)
O motociclista Vinicius Farias de Assunção Oliveira, suspeito de matar atropelada Ana Maria da Costa Brito, de 71 anos, no dia 19 de junho, em Belém, estava bebendo no dia anterior ao acidente. Ele foi conduzido nesta quinta-feira (7) à Divisão de Homicídios (DH), no bairro de São Brás, na capital, onde prestou depoimento sobre o caso. O suspeito chegou à delegacia por volta das 13h e saiu por volta das 16h50, com uma jaqueta cobrindo o rosto e acompanhado de um advogado. A defesa e o suspeito não falaram com a imprensa. Vinicius pode ser indiciado por homicídio.
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O diretor da DH, delegado Cláudio Galeno, disse que Vinicius consumiu bebida alcoólica antes de atropelar a idosa.
“Foi tramitado para a Divisão de Homicídios nesta quinta-feira, uma filmagem noticiada nas redes sociais de uma senhora atropelada no bairro da Pedreira. De pronto, nós entramos em contato com os colegas da Seccional da Pedreira que nos passaram umas informações preliminares. Nossa equipe foi a campo e conseguimos identificar o proprietário da moto, que é o autor do atropelamento. Ele estava no local de trabalho trouxemos para a DH. Apreendemos a moto que estava em outro local.
Ele prestou depoimento na presença do advogado. Justificando que deu problema na moto e por isso teria cometido o acidente. Só que ao mesmo tempo que tem essa justificativa, os familiares da senhora que faleceu 14 horas após o acidente contestam. Dizem que não houve socorro, que porá várias vezes tentaram entra em contato com o dito proprietário da moto e não conseguiram êxito da ligação. Como se passou 19 dias do fato, não têm elementos jurídicos para autuá-lo em flagrante.
Por conta disso, ele foi ouvido em auto qualificação interrogatório. Nós iremos instruir um inquérito policial, na característica de homicídio. Para que o mais breve possível possamos terminar a nossa parte e encaminhar o procedimento para Justiça.
Estamos levando as imagens para a perícia, por que ele justifica que teve problemas técnicos na moto, mas uma análise preliminar mostra que não há nenhum gesto ou movimento dele que possa identificar uma tentativa mínima de desviar da senhora. Ele confessou que antes estava numa festa ou confraternização em comemoração à vitória de quadrilha junina. Lá ele teria ingerido bebida alcoólica. Isso será levado em conta na nossa investigação”, contou Galeno.
O caso seguirá em investigação pela PC, onde mias testemunhas serão ouvidas para solucionar o caso.
Família quer justiça
O taxista Edu da Costa Brito, filho da vítima, disse que soube do acidente por vizinhos. Ele afirmou que a mãe era uma pessoa cuidadosa e gostava muito de ir ao supermercado fazer compras.
“Fiquei sabendo depois umas 9h da manhã quando me acordei e os vizinhos me ligando questionando se eu estava próximo da minha mãe. Eu disse não e ele me responderam dizendo que era pra eu ir lá porque uma moto bateu a minha mãe e ela estava bastante ferida. Só deu tempo de ligar pro meu sobrinho e descobri que ele já estava na ambulância com ela indo para o Metropolitano. Ela estava vindo do supermercado onde todo dia ela ia. As testemunhas disseram que depois do acidente agarram o rapaz que atropelou a minha mãe e que ele estava bastante alterado. Ela era uma pessoa cuidadosa. Morava com o pai e um neto. Ela tinha um casal de filhos e dois netos”, contou Edu.
Um dos netos estava na Divisão de Homicídios. Alec Nicolas Brito Mendes, 22 anos, disse que quer justiça e sentirá muitas saudades da avó. “A gente quer justiça. Ele não pode ficar impune disso não. O que ele fez foi uma barbaridade. Queremos ele preso atrás das grades. Vou sentir muita saudade das brincadeiras que eu tinha com ela. Brincávamos toda vez que eu chegada do treino de jiu-jitsu”, disse o neto chorando bastante.
Sobre o acidente
O acidente aconteceu no dia 19 de junho, na travessa do Chaco, entre as avenidas Pedro Miranda e Antônio Everdosa, no bairro da Pedreira.
A vítima, identificada como Ana Maria da Costa Brito, morreu no dia seguinte, no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua.
Após investigações, o suspeito foi localizado pela PC no local onde trabalha e teve a moto apreendida. O veículo apresentava alguma danificações na parte frontal.
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