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Série 'Somente a Verdade' aborda, nesta quinta (27), o assassinato do ex-deputado Paulo Fonteles

“Tiram a minha vida, não minhas ideias. Mais importante é a luta do povo”, dizia o advogado do mato, como ele era conhecido. A série 'Somente a Verdade: Histórias de polícia' é um produto original LibPlay e está disponível também no youtube de OLiberal

Dilson Pimentel/ O Liberal
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O terceiro episódio da série original LibPlay “Somente a Verdade - Histórias de Polícia”, que estreia em OLiberal.com nesta quinta-feira (27), às 21 horas, se chamará “O advogado do mato. O assassinato de Paulo Fonteles”. E vai tratar do assassinato do advogado e ex-deputado estadual Paulo Fonteles.

O caso Paulo Fonteles

Em 11 de junho de 1987, ele sofreu uma emboscada e foi morto durante o dia, em área movimentada, com três tiros na cabeça num posto de combustíveis na rodovia BR-316, no município de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém.

Até hoje, familiares, amigos e advogados que atuaram no caso afirmam que o caso não foi completamente elucidado. Com depoimentos inéditos, imagens de arquivo da época e pesquisa sobre a vida e o trabalho de Paulo Fonteles, o episódio tem cerca de 30 minutos e várias entrevistas com personagens que atuaram diretamente no caso.

'O Advogado do Mato'

A escolha do nome do episódio “O Advogado do Mato – O Assassinato de Paulo Fonteles” foi inclusive sugerido após o início da produção, por ser o nome como Paulo era conhecido pelos trabalhadores rurais que defendia. Após tentar se eleger deputado federal e não conseguir, Fonteles retomou o trabalho de defender lavradores que ocupavam terras no sul do Pará. O que, segundo apontavam as investigações, teria sido a motivação do crime. Paulo Fonteles tinha 38 anos e era filiado ao Partido Comunista do Brasil (PC do B). Chegou a concorrer, mas não foi eleito, como deputado constituinte para a Assembleia Nacional Constituinte em 1986. No ano seguinte, em 1987, foi assassinado.

Familiares e lembranças de Paulo Fonteles

José Marcos Araujo, o Marcão Fonteles, sobrinho do deputado Paulo Fonteles, falou sobre esse terceiro episódio da série documental. “Isso tem uma grande importância para a história do nosso estado, principalmente neste momento difícil porque passa o nosso país e a nossa democracia”, disse. E citou a frase profética do Paulo: “Tiram a minha vida, não minhas ideias. Mais importante é a luta do povo. Esse é o lema pelo qual ele lutou e foi assassinado, em defesa da terra, dos trabalhadores, da liberdade, da soberania nacional, e que é totalmente atual”.

Marcão lembrou que Paulo foi um jovem que, com 21 anos, enfrentou a ditadura militar em defesa de uma educação de qualidade. “Com 26, 27 anos, é preso e torturado. Aos 33 anos, é eleito deputado estadual. E, aos 38 anos, é assassinado brutalmente por defender os direitos do povo. Um crime até hoje sem justiça. Sem que nenhum dos mandantes, do sindicato do crime, tenha sido punido. Faz 35 anos que esperamos e exigimos Justiça com punição dos assassinos. Essa é a maior importância desse resgate, de mostrar que a Justiça precisa ser feita”, afirmou.

Repercussão

O presidente do PCdoB Pará, Jorge Panzera, convidou as pessoas para assistir à transmissão do documentário, na sede do PCdoB. Ele pediu que as pessoas usem máscaras e levem o comprovante de vacinação. Durante a programação, também haverá o sorteio do livro “Paulo Fonteles - Sem Ponto Final”. A sede do partido fica na travessa Castelo Branco,  699, altos, entre Governador José Malcher e Magalhães Barata, em São Brás. O PC do B vai reunir amanhã,  nacionalmente, para assistir ao programa.

O documentário traz, entre outros depoimentos, a jornalista Lúcia Leão, ex-repórter da TV Liberal e editora-executiva da Rede Globo e o ex-procurador do Estado, Clodomir Araújo, além de familiares de Paulo Fonteles. “O que mais me chamou atenção à época foi o fato de matarem uma pessoa, a sangue frio, em plena luz do dia, num local de grande movimentação e as pessoas falarem que não viram nada”, diz Lúcia Leão no episódio. O terceiro episódio tem produção e direção executiva do jornalista Pascoal Gemaque, em parceria com a Amazon Filmes e arquivo da TV Liberal. O acesso à plataforma é gratuito.

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