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Segup conclui identificação de todas as vítimas da chacina no Guamá

Apenas três delas tinham passagem pelo sistema penal

Redação Integrada
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Todas as onze pessoas assassinadas dentro de um bar no bairro do Guamá, no último domingo (19), já foram identificadas. De acordo com o Secretário de Segurança Pública do Pará (Segup), Ualame Machado, pelo menos três das vítimas tinham passagem pelo sistema penal. Passadas 24 horas da chacina, 23 pessoas já foram ouvidas em depoimento. A investigação corre em várias frentes e algumas linhas de investigação estão em curso, mas as autoridades preferem manter as apurações em sigilo. 

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Ontem, após mais uma reunião entre a cúpula de segurança com o governador Helder Barbalho, o secretário concedeu uma entrevista coletiva à imprensa. Segundo ele, o fato de três das vítimas terem passagem pela polícia 'não pesa tanto na investigação'. "Foram onze vítimas, então a investigação é para todas", frisou.

Segundo Machado, a polícia tem pressa em elucidar o crime. "Entendemos a angústia por informações, nós também temos muita pressa em elucidar esse crime, pelo impacto que ele causa, pelo número de pessoas e pela forma como aconteceu. Porém, ao mesmo tempo precisamos ter cautela, porque é um procedimento sigiloso e muito sensível", explicou. O secretário falou um pouco sobre as linhas de investigação, no entanto, não deu detalhes. "Temos na verdade várias linhas de investigação e nenhuma delas pode ser desprezada. Claro que algumas linhas amadureceram mais, porém nenhuma pode ser descartada e a gente também não pode divulgar qual é essa linha".

Ualame Machado explicou que, além da tomada de depoimentos, as autoridades também contam com outros meios para dar continuidade às investigações e chegar à elucidação do crime. "Aparelhos celulares foram apreendidos no bar e estão sendo analisados, além de imagens de câmeras de segurança, que certamente serão bastante úteis. Por outro lado, existe a perícia do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, os resultados das autópsias e o laudo do local de crime está sendo confeccionado, o que irá destacar a dinâmica do acontecimento", explicou. Ualame também pediu ajuda à população, que possa fazer denúncias por meio do Disque-Denúncia (181). As ligações são gratuitas e sigilosas. 

O bar onde aconteceu a chacina continua fechado. Segundo a polícia, o estabelecimento tem autorização de funcionamento expedido pela Delegacia de Polícia Administrativa (DPA), com vencimento em 27 de junho de 2019. "O bar está fechado ainda por causa da perícia, que precisou retornar ao local. Mas certamente a DPA vai tomar as providências administrativas com relação ao encerramento", afirmou.

Desde o momento do crime, o bairro do Guamá está com reforço de policiamento. Estão no local, além das viaturas que regularmente atuam na área, mais 30 viaturas, além de um reforço também das equipes da Força Nacional. Além disso, a polícia está monitorando outros bairros. "Até o momento não detectamos nenhuma anormalidade", enfatizou o secretário. 

Ualame Machado explicou que a reunião entre a cúpula de segurança pública do Governo está sendo feita regularmente, para que os diversos órgãos (Polícia Civil, Polícia Militar, CPC Renato Chaves, Susipe, etc) possam trocar informações. "Temos investigações em andamento na Polícia Civil e também na Polícia Militar, dada a possibilidade de envolvimento de qualquer agente público no crime. A reunião serve para que possamos realinhar a estratégia da segurança pública e elucidar os fatos", disse.

As vítimas da chacina são:

Márcio Rogério Silveira Assunção, 36; 
Samira Tavares Cavalcante, 36 anos; 
Leandro Breno Tavares da Silva, 21 anos; 
Meire Helen Sousa Fonseca, 35 anos; 
Paulo Henrique Passos Ferreira, 24 anos; 
Flávia Teles Farias da Silva, 32 anos; 
Sérgio dos Santos Oliveira, 38 anos; 
Tereza Raquel Silva Franco, 33 anos; 
Maria Ivanilza Pinheiro Monteiro (proprietária do bar), 52 anos;
Samara Silva Maciel, 23 e
Alex Rubens Roque Silva, 41.

Sete profissionais do Centro de Perícias Cientificas Renato Chaves atuam no trabalho pericial. Um sobrevivente permanece internado em estado grave, mas, por questão de segurança, o nome da vítima e local de internação não foram divulgados.

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