Seduc apura possíveis casos de assédio sexual em escolas de Belém
Nesta terça-feira (25), duas manifestações de estudantes cobraram solução para os supostos casos de assédio
Dois atos públicos contra supostos casos de assédio sexual praticados por professores contra estudantes foram realizados na manhã desta terça-feira (25), em Belém. As manifestações ocorreram em frente às escolas públicas estaduais Dr. Justo Chermont, no bairro da Pedreira, e Paulino de Brito, no Marco. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que foi instaurado procedimento administrativo para apurar os fatos e identificar os envolvidos, com o apoio das autoridades policiais.
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Alunos da escola Paulino de Brito chegaram a fechar parcialmente uma das vias da avenida Almirante Barroso, em frente à instituição, por volta das 11h. Segurando cartazes com frases contra o assédio, eles tentavam chamar atenção para o caso que, segundo os estudantes, ocorre há tempos no local. Uma aluna contou que a situação acontece também em outras três instituições onde o mesmo educador leciona.
“Ele vem assediando verbalmente as alunas, passa a mão, usa palavras que não são adequadas para um professor na sala de aula, convida as alunas para sair, passar o final de semana em Salinas, tomar água de coco com ele.... Isso já vem acontecendo há um tempo”, disse a jovem durante entrevista à TV Liberal.
Ela informou que a realização do ato público teve como finalidade de pedir à Seduc que tome uma providência efetiva, posto que a mãe de uma aluna já teria denunciado o caso à Secretaria. Na ocasião o professor foi suspenso por uma semana, mas, ao retornar à sala de aula continuou com as mesmas práticas.
“A gente quer que a Seduc tome uma providência, que exonere esse professor e que ele seja punido porque a escola não é lugar de assédio, de assediador. O lugar de assediador é na cadeia”, declarou a estudante.
Durante o ato, o trânsito no local permaneceu lento. Na escola Dr. Justo Chermont, duas estudantes decidiram fazer uma manifestação em frente ao estabelecimento segurando cartazes contra assédio. Outros alunos tentaram apoiá-las de dentro das instalações da escola, mas, segundo as jovens, foram proibidos pela direção de participar da manifestação.
“Hoje iriamos fazer um protesto aqui na frente da nossa escola, porém a pessoa da direção barrou a maioria dos que haviam se organizado para participar da manifestação. Os alunos tiveram que entrar porque foram ameaçados, falaram que iriam ligar para os nossos responsáveis, sendo que todo mundo falou com seus pais sobre o protesto, que a gente queria fazer justiça contra o professor que assediou centenas de alunas”, informou a estudante, em vídeo gravado e compartilhado nas redes sociais. Ainda não há informação sobre uma co-relação entre os dois casos.
Leia a nota da Seduc na íntegra:
“A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informa que instaurou procedimento administrativo para apurar os fatos e identificar os envolvidos, juntamente com as autoridades policiais. A Seduc presta todo apoio necessário aos alunos e repudia qualquer tipo de violência em suas unidades de ensino."
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