Santarém: bebê de dois meses é encontrado morto após briga de casal embriagado; vídeo
Caso foi registrado na manhã desta quarta-feira (23) junto à Polícia Civil, que investiga o caso
Uma briga de casal acabou com a morte de uma criança de dois meses no município de Santarém. O caso foi registrado na 16ª Seccional de Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (23). O casal, que reside no bairro Vitória Régia, foi conduzido até a delegacia para explicar a morte do bebê. Os pais são Fabrício Cunha e Paula Emanuele Medeiros.
Os primeiros levantamentos da Polícia Militar, que atendeu à ocorrência, apontam que o casal estaria consumindo bebidas alcoólicas à noite. Em meio à bebedeira, uma discussão teria começado e escalou para uma briga mais agressiva. E nesse contexto é que a criança teria morrido.
Ícaro Rafael Silva, um vizinho, disse que encontrou o casal ainda em um bar e já estavam bebendo. Chegaram a ir juntos para a mesma vila onde moram e continuaram bebendo juntos. Em dado momento, decidiram ir dormir. O vizinho ficou do lado de fora e o casal entrou.
"Só ouvi ela gritando e pedindo socorro. O dono da vila saiu e ajudou a abrir o portão com a chave reserva. Encontramos ele [o companheiro] em cima dela [esposa] e ela machucada. Ele saiu e foi para a casa da mãe. Acho que se não tivéssemos entrado, ele tinha matado ela", relatou.
O vizinho então saiu mais uma vez da casa do casal e ouviu o dono da vila chamar de novo e já avisando que o bebê estava morto. A Polícia Militar e uma ambulância foram acionados, mas não houve como reverter a situação. Ícaro compareceu à seccional na condição de testemunha.
A Polícia Civil vai ouvir o casal para saber se as morte foi ou não acidental
Casal alega não saber como bebê morreu
"Onde íamos levávamos ele. Umas 22h, 23h, dei mingau pra ele, ele arrotou e voltei para onde estávamos e voltamos uma hora depois. Por volta de 1h ainda vi ele vivo. Não sei se ele se asfixiou dormindo de bruços. Foi tudo uma briga de casal, discussão. Nunca tinha ocorrido algo assim", relatou Paula, que informou fazer tratamento para ansiedade e depressão. Ela apresenta marcas pelo corpo.
Fabrício reconheceu que estava brigando com Paula e que a imobilizou, até que foi impedido pelos vizinhos. Então saiu para a casa da mãe. Cerca de 20 minutos depois, foi avisado que o bebê havia morrido e voltou. Ele não acusou a companheira de matar a criança e disse não ter visto o menino antes.
"Não sei o que aconteceu, mas ela não faria isso. Jamais ela faria isso", disse Fabrício. Ele trabalha viajando de caminhão e afirma que nunca haviam brigado como na noite desta terça.
O caso será investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento a Crianças e Adolescentes da Polícia Civil (Deaca).
A cabo Simone, da PM, relatou que a polícia foi acionada via Niop e por volta das 5h29 da manhã, solicitaram uma ambulância. “O Samu constatou o óbito da criança. Ela apresentava sinais de roxo no rosto. Segundo a mãe, o bebê pode ter se asfixiado enquanto dormia. Só quem vai poder esclarecer é a pericia”, concluiu.
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