Remista que matou outro torcedor após derrota azulina é condenado por homicídio privilegiado
Thiago Silva de Andrade deverá cumprir 5 anos e 10 meses de prisão em regime semiaberto, mas ainda pode recorrer da decisão
O vigilante Thiago Silva de Andrade foi considerado culpado pela morte do motorista Ricardo Evandro dos Santos Silva, no Tribunal do Júri presidido pela juíza Ângela Alice Tuma, nesta segunda-feira (29). Torcedor do Remo, o réu cometeu o crime após a derrota do time azulino depois de uma discussão sobre futebol. Ele foi condenado a cumprir pena de 5 anos e 10 meses de reclusão em regime inicial semiaberto, por homicídio privilegiado, quando o crime é praticado sob o domínio de uma compreensível emoção violenta que diminui sensivelmente a culpa do homicida.
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O caso ocorreu no dia 2 de setembro de 2017, após o Remo jogar e perder no Mangueirão para o Sampaio Correia, pela série C do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o time paraense perdeu para o maranhense por 2 a 1.
Após a partida, o vigilante remista discutiu com outros dois torcedores que criticavam o time e, em seguida, foi até sua casa, pegou uma arma de fogo e disparou várias vezes na vítima com uma pistola 380 em um bar no bairro da Marambaia. Em seguida, ele fugiu do local para escapar da prisão em flagrante.
Durante o interrogatório, o réu alegou que foi provocado por um vizinho e que a vítima se meteu na discussão. Thiago detalhou que efetuou dois disparos contra Ricardo, que caiu. O réu disse ainda que continuou sendo provocado pelo vigilante e efeutou mais seis tiros contra ele.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. O vigilante foi preso no dia seguinte, segundo informou a assessoria do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA). Na época, ele se apresentou espontaneamente na Seccional da Marambaia, em Belém, acompanhado do advogado.
Por ter respondido o processo em liberdade, Thiago Silva de Andrade tem o direito de permanecer em liberdade caso queira recorrer da sentença condenatória. Ricardo era motorista e deixou duas filhas.
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