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Receita Federal apreende 35 kg de skunk misturado com café nos Correios em Ananindeua

Conhecida como supermaconha, a droga saiu de Campo Grande (MS) com destino a Parauapebas, no sudeste do Pará

Dilson Pimentel

A Receita Federal apreendeu cerca de 35 quilos de skunk (droga conhecida como supermaconha), no município de Ananindeua, na região metropolitana de Belém. O entorpecente estava em duas encomendas tipo Sedex, procedentes de Campo Grande (MS) e com destino a Parauapebas, no sudeste do Pará.



A apreensão ocorreu na tarde de segunda-feira (16), no Centro de Distribuição dos Correios em Ananindeua. A mercadoria estava armazenada em tabletes formados por várias camadas de material plástico, filme PVC, balões de festa, sendo ainda adicionado pó de café entres as divisões. A ação foi conduzida pela equipe K9 da Alfândega de Belém, Direp02 (Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho) e Correios. A descoberta do material foi feita por meio de indicação da agente canina Isa.

Na manhã desta terça-feira (17), a Redação Integrada de O LIBERAL entrevistou o agente da Receita Federal responsável pela apreensão. Por questão de segurança, ele não será identificado. “Essa apreensão realizada no Centro de Distribuição dos Correios, em Ananindeua, é um trabalho que a Receita Federal faz de fiscalização rotineira nas unidades de transporte e trânsito”, disse. “Foi uma quantidade bem significativa de skunk. Aproximadamente 35 quilos de droga”, afirmou. Para tentar driblar a fiscalização, quem preparou o transporte da droga colocou café em meio ao entorpecente. “Tudo isso aí para tentar evitar justamente o cheiro do cão de farejo”, disse.

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Por isso, foi decisiva a participação da agente canina Isa. “A gente não tem como fazer essa verificação sem o cão, porque são toneladas e toneladas de carga. Porque você concentra, no Centro de Distribuição dos Correios, a carga do mundo inteiro para a região Norte. São quatro galpões. A fiscalização seria praticamente impossível sem o auxílio do cão de faro. Esse trabalho é diário da Receita Federal tanto nos Correios como também nas áreas de transporte de carga e nas áreas que são de competência da Receita Federal”, afirmou o agente.

Ainda para tentar enganar a fiscalização, a carga veio com uma nota indicando tratar-se de peças para veículo. Após a apreensão feita pela Receita Federal, o entorpecente segue para a Polícia Federal, que, a partir de agora, ficará responsável pelas investigações.

Em nota, os Correios informaram que "trabalham em parceria com os órgãos de segurança pública e fiscalização para prevenir o tráfego de itens ilícitos por meio do serviço postal". A entidade ainda comentou que "quando algum objeto com conteúdo desse tipo é detectado, a estatal aciona os órgãos competentes para investigação". Muitas das operações de repressão, conforme os Correios, começam após a fiscalização, por meio de raio-x, realizada pelos Correios. 

 

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