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Quatro pessoas são presas suspeitas de golpe financeiro de R$ 15 milhões no Pará e mais dois estados

De acordo com os relatos, os consultores que trabalhavam para ela prometiam uma rentabilidade financeira em troca de investimentos, mas deixavam as vítimas com elevadas dívidas

O Liberal

Quatro pessoas foram presas pela Polícia Civil, na terça-feira (11), suspeitas de cometerem um golpe financeiro no valor de R$ 15 milhões. As prisões foram executadas pela Divisão de Operações Especiais (DIOE) e aconteceram nas cidades de Ananindeua, na Grande Belém, em Manaus, no Amazonas, e São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Conforme as investigações, ainda no ano de 2022, várias pessoas procuraram a polícia para denunciar a empresa. De acordo com os relatos, os consultores que trabalhavam para ela prometiam uma rentabilidade financeira em troca de investimentos, mas deixavam as vítimas com elevadas dívidas.

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"Os vendedores abordavam as pessoas apresentando a empresa como uma intermediadora financeira. A proposta era atrativa: investir os valores repassados pelas vítimas e devolver parte dos lucros, comprometendo-se ainda a arcar com as parcelas dos empréstimos que os clientes fariam junto aos seus bancos", detalhou Walter Resende, delegado-geral da Polícia Civil do Pará. 

Convencidas, as vítimas contratavam empréstimos particulares e repassavam os valores à empresa, segundo a PC. No momento do recebimento, os consultores pagavam uma quantia em forma de rentabilidade, mas quando o cliente optava por não renovar o contrato, eles cessavam os pagamentos, deixando a parcela das dívidas sob a responsabilidade das vítimas

"Como resultado disso, muitas pessoas viram-se obrigadas a arcar com as parcelas, que eram muito altas, algumas sendo superiores a R$ 10.000,00, isso comprometia drasticamente suas finanças e qualidade de vida", ressaltou o gestor.

A PCPA atuou em parceria com as Polícias Civis do Amazonas e Rio de Janeiro na captura de quatro suspeitos de envolvimento no golpe. As investigações revelaram que, além do crime já conhecido, uma das suspeitas também aplicava outra fraude ao pedir que os clientes depositassem os valores em sua conta pessoal. Esse dinheiro não era investido e resultava em prejuízos ainda maiores para as vítimas.

O titular da DIOE, delegado Ricardo Rosário, informou que "o sucesso da operação se deu graças ao trabalho integrado das polícias civis e que fica o alerta para a população que desconfiem de vantagens exageradas, pois é esse artifício que os golpistas usam para atrair as vítimas", disse o delegado.

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