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Quatro pessoas são presas durante operação que investiga suposta fraude no concurso da PMPA

O concurso foi realizado em 17 de dezembro de 2023 e contou com cerca de 90 mil inscritos

O Liberal

Quatro pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (14/1), durante a segunda fase da Operação "Demeritocracia", da Polícia Civil do Pará (PCPA). O trabalho policial investiga um grupo suspeito de fraudar e manipular resultados nas etapas do concurso público da Polícia Militar do Pará (PMPA), realizado em dezembro de 2023.  À época, o certame recebeu 89.722 inscrições para as provas, conforme divulgado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), responsável pela aplicação dos testes.

O delegado Lucas Machado, titular da Delegacia de Estelionato e Outras Fraudes (Deof), disse ao Grupo Liberal que as investigações começaram há cerca de um ano, logo após o Cebraspe procurar a PCPA. Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão nos municípios de Abaetetuba, Belém, Ananindeua, Marituba, Tailândia, Bragança, Mocajuba e Concórdia do Pará. A operação teve a participação da Diretoria de Polícia Especializada (DPE) e da Diretoria de Polícia do Interior (DPI). Segundo Lucas, entre as prisões, duas delas aconteceram em Abaetetuba e outra na capital. Quatro pessoas estão foragidas, ainda conforme ele.

“Em decorrência dessas investigações, três pessoas foram presas. Uma outra pessoa foi presa por conta de uma arma encontrada no local (de cumprimento das ordens judiciais). Quatro pessoas ainda estão foragidas. É uma organização criminosa que se utilizavam de informações externas da banca e dos funcionários da banca e as enviavam por meio de celulares bem pequenos, que ficavam escondidos no corpo, para os candidatos que tentavam fraudar o concurso no local de prova. Os alvos presos são acusados do envio dessas informações para os candidatos que realizaram o concurso”, disse em entrevista ao Comando + Liberal.

"É importante destacar que, até o momento, não há elementos que permitam concluir que os investigados foram efetivamente beneficiados pela suposta fraude. Dessa forma, o concurso permanece íntegro e segue em seu curso normal, sem qualquer prejuízo ao andamento do certame ou à credibilidade do processo seletivo", acrescentou o titular da Deof. 

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A PC também informou que, durante o cumprimento das ordens judiciais, houve o confisco de documentos, dispositivos eletrônicos (mini celulares) e outros materiais que serão analisados no curso das investigações.

"A Polícia Civil ressalta que esta operação segue em conformidade com os princípios do devido processo legal cabível e que, através da atuação dos nossos agentes, possamos esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos, protegendo o interesse público e a confiança nos concursos públicos do Estado", afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende.

Em nota, o Cebraspe disse que “o inquérito que está em curso foi instaurado tendo em vista o envio de ofício pelo Cebraspe, por meio do qual foram informadas à Polícia Civil possíveis irregularidades de candidatos na prova objetiva do concurso público da Polícia Militar do Estado do Pará (PM/PA). Desde o início, este Centro tem colaborado irrestritamente com as investigações, prezando pela lisura do certame, que se encontra em regular andamento”.

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