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Policial Rodoviário agride crianças em condomínio no RN, veja o momento

Vítimas ainda vivem com medo mesmo após a denúncia na polícia, entenda

O Liberal
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Um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) agrediu duas crianças, de 12 e 14 anos, no condomínio em que moram, na cidade de Mossoró (RN). As agressões ocorreram no sábado do dia 18 de janeiro e foram capturadas pelas câmeras de segurança do condomínio. Essa não seria a primeira vez que o agente bateu em uma delas. O agente, que também é instrutor de jiu-jítsu e vizinho das vítimas, estava de folga no dia em que tudo aconteceu.

Nas imagens das câmeras de seguranças, é possível ver o momento em que o agressor se aproxima das duas crianças. Ele aponta o dedo para o mais novo e em seguida puxa o seu cabelo. O agente avança contra o mais e o agride com pelo menos cinco socos. Após o ataque, as crianças correm, mas o policial dá as costas e vai embora andando. Com informações do portal Metrópoles.

Em depoimento, as mães dos dois meninos declararam conviver com medo das atitudes do agente, que teria afirmado não temer as consequências das suas ações. De acordo com uma delas, o policial afirmou que, “porque o nível da sua patente é alta, nada aconteceria com ele.”

As mães receberam ligações das crianças, após o ocorrido, informando que haviam sofrido agressões do policial. O mais novo, de 12 anos, se escondeu na portaria e, segundo ela, também teria sido atingido por murros e chutes na perna direita, onde ficou com lesões. Ele já havia sido vítima das agressões do agente anteriormente.

Pelo interfone da portaria, o mais novo teria desabafado para a sua mãe sobre a agressão. “Mãe, aquele homem que bateu em mim uma vez me bateu de novo. Ele perguntou quem tinha chamado o filho dele para brincar e eu falei que ninguém tinha chamado, aí ele bateu na gente”, explicou. A mãe desceu imediatamente ao encontro do filho, mas se deparou com o policial tentando se justificar logo que saiu do elevador.

“Ele disse o mesmo que na primeira vez, que tinha feito isso para ensinar os meninos a maneira certa de tratar o filho dos outros”, declarou a mãe. No entanto, naquele dia, segundo o próprio relato das crianças, nenhum dos dois teve qualquer interação com o filho do policial.

A outra criança ficou com o nariz lesionado, devido aos socos que levou no rosto. A razão por trás da violência, seria o descontentamento do policial com as interações entre as duas crianças e o seu filho. A mãe do menino de 14 anos conta que também estava em casa no momento que recebeu a ligação do filho. “Fui socorrer meu filho e vi toda a situação. Meu filho ficou bem machucado no nariz. Até hoje sangra. É bem difícil falar porque estamos com muito medo. Quando encontrei com ele [policial], ele disse: ‘Você é a mãe do cara que eu peguei?’”.

O policial teria, ainda, acusado as crianças de ameaçarem o filho dele com um canivete. Depois, conta Isabellyta, alegou que os jovens o teriam ameaçado. As mães negam que os filhos portavam canivete ou que tenham ameaçado qualquer pessoa. O mais novo segue na casa da avó após o ocorrido, enquanto o mais velho e a família vivem com medo, já que são vizinhos de porta do policial.

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Boletim de ocorrência

As mães fizeram um boletim de ocorrência contra o policial rodoviário federal. A polícia civil afirma que o policial assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), que formaliza o reconhecimento de que cometeu uma infração de menor potencial ofensivo, e foi liberado. A Corregedoria da PRF no estado abriu procedimento investigativo e se deslocou até a cidade para apurar o caso. A PRF informa, ainda, que o policial está afastado das suas atividades.

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