Chacina da Condor: Policiais militares começam a ser julgados; relembre o caso
Cinco pessoas foram mortas e outras 14 ficaram feridas, entre elas duas crianças, no ataque que ocorreu em um bar de Belém, em 2017
A 4ª Vara do Tribunal do Júri de Belém iniciou, na manhã desta terça-feira (22), a instrução do processo que julga policiais militares acusados de integrar um grupo de extermínio envolvido no episódio que ficou conhecido como "Chacina da Condor", ocorrida em junho de 2016, em Belém. Na época, cinco pessoas morreram. A audiência ouviu testemunhas, e a primeira delas foi o delegado Fernando Bezerra, que atuou na investigação do caso.
Segundo o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), o Ministério Público do Pará (MPPA) ofereceu denúncia contra os acusados em 2018. No total, são 15 indiciados, a maioria formada por policiais militares. Três deles estavam foragidos e foram notificados por meio de edital.
Ainda de acordo com o TJPA, dois estão com processos suspensos por não terem sido encontrados para responderem à denúncia.
A audiência ocorreu de forma híbrida, tendo a maioria dos participantes de forma remota. O encerramento se deu por volta das 16h30, com o juiz do caso colhendo declaração de todos os arrolados – informantes e testemunhas. O MPPA e advogados requereram diligências. Após essa fase é concedido prazo para apresentação das alegações finais, explicou o TJPA.
Relembre o caso
Na noite do dia 6 de junho de 2016, criminosos encapuzados chegaram em três carros na rua Nova II, no bairro da Condor, e atiraram várias vezes contra pessoas que assistiam a um jogo de futebol pela televisão. Cinco pessoas morreram e outras 14 ficaram feridas. As vítimas fatais foram identificadas como Ricardo Botelho, de 32 anos; Rodney Vasconcelos, Sebastião Pereira, 45; Evandro Sá, 38 e Jairo Lobato Pimentel, 37.
Entre os feridos estavam duas crianças, que foram encaminhadas para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua. "Não parecia ter um alvo. Atiraram para todos os lados", disse um morador. Poucas testemunhas contaram o que viram à polícia, o que dificultou o trabalho de investigação. Familiares das vítimas disseram que eles não tinham envolvimento com a criminalidade.
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