Polícia encontra armas, munições e materiais de caça predatória escondidas no Parque do Utinga
Os materiais estavam dentro de um tonel, escondido em um dos ramais do Parque Estadual do Utinga (Peut), que dá acesso à estrada da Ceasa, em Belém
Três armas longas, 12 munições e artefatos para caça foram encontrados pelo Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), na manhã desta segunda-feira (24), dentro de um tonel escondido em um dos ramais do Parque Estadual do Utinga (Peut), que dá acesso à estrada da Ceasa, em Belém. As características apontam para a prática de caça predatória no local. Os materiais serão apresentados à Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa), da Polícia Civil, que deve investigar o caso. Ninguém foi preso até o momento.
Canivete, terçado, lençóis e repelente estão entre os materiais apreendidos pelos militares, informou o subcomandante capitão Furtado, do BPA. “Nós estávamos fazendo uma patrulha rotineira nessa área de proteção ambiental, em todo Parque do Utinga, e as guarnições resolveram entrar na mata para verificar uma trilha, que dá acesso à estrada da Ceasa, e se depararam com um camburão camuflado no meio das folhas. Ao fazer a averiguação, foi constatado que se encontrava três armas longas, duas calibres 32 e um 26, com 12 munições e demais artefatos que provavelmente dá pra perceber que é para situações de caça”, detalhou.
Para o capitão Furtado, por conta dos objetos encontrados, como lençóis e repelentes, acredita-se que as pessoas envolvidas com a suposta prática de caça estavam há pouco tempo no local. “Provavelmente, eles observaram a movimentação dos policiais e devem ter empreendido fuga. Não houve contato visual da guarnição com esses criminosos. Infelizmente, os criminosos utilizam essas rotas de trilhas para fazer essa prática de crime ambiental para captura de animais silvestres”, afirmou.
Ele diz que os mamíferos normalmente são os principais alvos dos caçadores, como capivaras, cutias e pacas, que vivem em abundância no Parque do Utinga. Pássaros e outras aves também estão na mira dos caçadores, destaca Furtado. “Às vezes, essa caça é realizada para consumo do próprio animal ou para a venda, exportação”, comentou. Armadilhas de tropeço utilizadas por caçadores colocam em risco não só os animais, como também visitantes do parque, que costumam fazer trilhas aos finais de semana, ressaltou o subcomandante.
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