Polícia desarticula associação criminosa que aplicava golpes na OLX
Os acusados forjavam depósitos para conseguirem joias anunciadas no site
Quatro pessoas foram presas pela Polícia Civil, acusadas da prática de golpes pela internet. A associação criminosa é formada por especialistas na compra e venda de joias por meio do site de anúncios OLX. Com o uso de uma identidade falsa em nome de um advogado atuante na capital paraense, os golpistas montam comprovantes de depósitos falsos para simular depósitos em contas bancárias dos valores referentes ao pagamento pelos produtos anunciados pelas vítimas no site.
O grupo está sendo desarticulado pela Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos (DPRCT). Segundo a polícia, muitas vítimas só perceberam o golpe depois de já terem entregado o produto ao suposto comprador. As joias eram revendidas pelos criminosos para receptadores na grande Belém, segundo as investigações realizada na operação denominada "Vendas. Com". As primeiras prisões foram realizadas no último dia 14, quando foram detidos Weslen Madson Costa Franco e Angélica da Costa Cunha, que respondem por estelionato. Os dois se faziam passar por funcionários do advogado e tinham como função o recebimento dos objetos entregues pelas vítimas.
"As investigações iniciaram após diversas vítimas registrarem ocorrências na DPRCT informando que, após a inserção de anúncio no site OLX e tratativas feitas com um suposto advogado, recebiam comprovantes de transferência bancários falsos e, pensando ter recebido os valores em suas contas, entregavam os objetos de ouro para a pessoa enviada pelo suposto advogado", explica a delegada Juliana Cavalcante, da DPRCT. Durante as investigações, segundo a delegadas, foram identificadas cinco vítimas da dupla, entre elas, o advogado que teve os dados pessoais utilizados para cometer o golpe. A ação criminosa resultou em um prejuízo de R$ 20 mil reais para as vítimas.
Além da dupla criminosa, uma terceira pessoa, de fora do Estado, foi identificada como participante do esquema. Na continuidade da apuração dos crimes cometidos pelo grupo, a DPRCT prendeu um homem apontado como receptador das joias que eram anunciadas pelas vítimas no site de vendas. Ademar Monteiro do Nascimento, conhecido como “Pastor Brasil”, foi flagrado na última testa terça-feira (28), com três objetos de ouro. Ele confessou participação nos crimes.
Após as três prisões, o falso advogado, que na verdade foi identificado como um presidiário do Sistema Penal de Macapá, foi apontado como o responsável em recrutar outra pessoa para recolher as joias. Essa pessoa também foi presa em flagrante no último dia 27, pela equipe de policiais da DPRCT, em Belém. Trata-se de Yuri Ricardo do Nascimento Santos. A prisão de Yuri ocorreu após denúncia de novas vítimas que caíram no mesmo golpe e entregaram suas joias nas mãos do acusado. Nas investigações, Yuri é apontado como a pessoa responsável em repassar a receptadores, também participantes do esquema, as joias mediante o pagamento de uma quantia em dinheiro. "As investigações continuam para tentar recuperar os bens das vítimas", salienta a delegada Juliana Cavalcante.
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