PM da reserva e sobrinho são mortos em duplo homicídio em Marituba
Mais de 50 tiros foram disparados em direção ao carro do PM, que só parou depois de cair em uma área de mata
Um duplo homicídio foi registrado na tarde deste domingo (15), no residencial Viver Melhor, em Marituba, na região metropolitana de Belém. O crime vitimou duas pessoas da mesma família: o policial militar da reserva, Raimundo Nonato Menezes Pereira, de 55 anos, e o sobrinho dele, Leandro de Jesus Menezes, de 17 anos. Ninguém foi preso. E a arma do policial não foi encontrada. Ele deixou a esposa e três filhas.
O sargento morava e era proprietário de um ponto de açaí, localizado no conjunto Beija-Flor, também em Marituba. Em seu carro, um Ford Ka, de cor vermelha, ele costumava sair acompanhado do sobrinho para realizar as vendas. Foi em uma dessas saídas, dentro do residencial Viver Melhor, que o militar foi abordado por quatro criminosos armados, que já se aproximaram atirando na direção do veículo.
Durante a abordagem, mais de 50 tiros foram disparados, de acordo com informações do 30º Batalhão de Polícia Militar (30º BPM), que foi chamado para dar apoio à ocorrência. Os policiais militares suspeitam que os criminosos tinham conhecimento da rotina do policial.
Mesmo baleado, o sargento ainda tentou fugir do ataque. Porém, perdeu o controle do veículo e invadiu uma área de mata dentro do residencial. Só parou depois de colidir com algumas árvores.
A área foi isolada pela Polícia Militar até a chegada da Polícia Civil e também de peritos da Polícia Científica do Pará (PCP), que conduziram a perícia do local de crime para a posterior remoção dos cadáveres ao Instituto Médico Legal (IML). Segundo o perito criminal João Elias, da PCP, não há dúvidas de que o crime foi uma execução, já que o carro e as vítimas foram atingidos por diversos disparos sequenciais.
O caso deverá ser investigado pela Divisão de Homicídios, no bairro de São Brás, em Belém. O delegado Jaime Mercês também afirmou que as primeiras informações colhidas no local do duplo homicídio levam a Polícia Civil a trabalhar com a hipótese de execução.
“Tudo indica que os assassinos já estavam esperando pela vítima. O PM da reserva vendia açaí, mas não vendia por telefone, não ligavam para ele para encomendar açaí. Ele passava pelos conjuntos habitacionais oferecendo e vendendo. Tudo leva a crer que foi uma execução. Mas somente as investigações poderão comprovar”, disse o delegado.
Jaime Mercês acrescentou que o policial militar costumava andar armado, porém essa arma não foi encontrada no local. Por este motivo, o delegado acredita que essa arma tenha sido levada pelos criminosos. Também segundo o delegado, diligências estão sendo realizadas na tentativa de localizar e prender os criminosos. A população também pode ajudar, fazendo denúncias ao 181 (Disque-Denúncia).
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