PM acusado da morte do advogado Arnaldo Lopes é condenado a 18 anos e expulso da corporação
Durante o interrogatório, o réu negou participação no homicídio, que ocorreu em 2017
Marçal Monteiro de Azevedo foi condenado, nesta quarta-feira (8), a 18 anos e seis meses de reclusão em regime inicial fechado, além de perder o cargo de policial militar. O julgamento dele ocorreu por meio de júri popular, no Fórum Criminal de Belém, no bairro da Cidade Velha. A sentença foi prolatada por volta das 22h30. Segundo o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), Maçal e mais quatro militares são acusados da morte do advogado Arnaldo Lopes de Paula.
Durante o interrogatório, o réu negou participação no homicídio por motivo torpe e que dificultou a defesa da vítima. O crime ocorreu em 2017, no momento em que a vítima saía da casa de familiares, no bairro do Jurunas, em Belém. Arnaldo foi alvejado a tiros, que acertaram várias partes do corpo dele.
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As investigações apontaram que o assassinato foi motivado pela disputa acerca da presidência da Associação dos Praças da Polícia Militar do Estado do Pará (ASPRA-PM), criada a partir de uma sociedade entre o advogado e um dos acusados, identificado apenas como Rosicley.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Pará, durante o julgamento, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação, entre elas a viúva da vítima. Pela defesa do réu, foram quatro testemunhas. Um quinto depoente não compareceu ao julgamento, informou o TJPA.
O advogado José Augusto Barata foi o último a depor na condição de testemunha de defesa do réu. Por volta das 14h50, o júri foi suspenso para que o réu pudesse conversar com seu advogado. Após este momento, o acusado foi interrogado e, diante da promotoria, dos advogados assistentes de acusação e dos jurados, negou participação no crime.
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