PM abre processo para apurar permanência de cabo da ROTAM suspeito de matar companheira em Belém
Wladson Luan Monteiro Borges é suspeito de matar a companheira, Bruna Meireles Corrêa, na quarta-feira (12/3), com um tiro na cabeça após um suposto desentendimento entre eles dentro de um carro

A Corregedoria Geral da Polícia Militar do Pará (PMPA) abriu um Processo Administrativo de Conselho de Disciplina para apurar a permanência ou não do policial militar Wladson Luan Monteiro Borges na corporação. Ele é suspeito de matar a companheira, Bruna Meireles Corrêa, na quarta-feira (12/3), com um tiro na cabeça após um suposto desentendimento entre eles dentro de um carro, em Belém. Wladson, que é cabo do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas (ROTAM), segue preso.
O ato da Corregedoria foi publicado, por meio da Portaria de Conselho de Disciplina nº4/2025, no Boletim Geral da PMPA na última sexta-feira (14/3). Conforme consta no documento, Wladson, em tese, infringiu valores contidos no Código de Ética e Disciplina da corporação como: o respeito à dignidade humana; a honra; objetividade dos valores; decoro da classe; e indignidade.
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Para o processo, três oficiais da Polícia Militar foram nomeados para apurar a conduta de Wladson. O prazo para conclusão desse trabalho é de 30 dias a partir da publicação da portaria, podendo ser prorrogado por mais 20, contanto que o pedido seja motivado e feito tempestivamente.
O cabo da ROTAM está preso desde a última quarta (12/3), pelo crime de feminicídio. Após o ocorrido, o próprio policial socorreu a vítima até o Pronto Socorro da 14 de Março, no bairro do Umarizal. No entanto, funcionários da unidade de saúde relataram que Bruna já chegou morta ao local.
Em depoimento, o suspeito disse que por volta das 18h30 daquele dia, o casal estava nas proximidades do bairro Pedreira e houve uma discussão dentro do carro que resultou em um disparo acidental na cabeça da vítima. No entanto, a delegada Ana Paula Chaves, diretora da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), comentou à Redação Integrada de O Liberal que, a princípio, não acredita nessa hipótese.
No dia seguinte à morte de Bruna, a 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher converteu a prisão em flagrante de Wladson em preventiva. Na ocasião, o juiz João Augusto de Oliveira Jr. considerou que, diante da gravidade do crime, a prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública, já que a liberdade do suspeito representaria risco à segurança da sociedade.
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