PF e Ibama fiscalizam extração de madeira em Terra Indígena localizada em Ipixuna do Pará
Desde o dia 12 de junho a PF deu apoio ao Ibama em seis autos de infração contra quatro empresas madeireiras fiscalizadas, em um valor de R$ 1.770.991
A Polícia Federal concluiu cinco dias de participação na operação Rieli, em conjunto com o Ibama. O objetivo foi fiscalizar e combater a extração ilegal de madeira na Terra Indígena Sarauá, no município de Ipixuna do Pará, no nordeste do Estado. Além disso, a ação busca coibir o recebimento ilegal de madeiras por empresas instaladas no distrito Canãa, na mesma cidade, a 25 quilômetros da Terra Indígena.
Desde o dia 12 de junho, a PF deu apoio ao Ibama em seis autos de infração contra quatro empresas madeireiras fiscalizadas, em um valor de R$ 1.770.991. Isso porque havia depósito ilegal de madeira nos pátios, o que ocasionou a apreensão de 1.941 metros cúbicos de toras e madeira serrada, suficiente para carregar 44 caminhões. O Ibama também aplicou multas porque as empresas declararam informação falsa no Sistema Oficial de Controle do Pará (Sisflora).
Análises e investigações preliminares do Ibama e da Polícia Federal indicavam que as serrarias do distrito de Canãa seriam as empresas que estaria recebendo madeira ilegal extraída da Terra Indígena. Foram confirmadas, em imagens de satélite, algumas áreas de extração seletiva de madeira ao longo dos últimos dois anos, que estariam servindo como fonte de madeira, informou, ainda, a Assessoria de Comunicação da Polícia Federal em Belém.
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Além do desmatamento identificado em Sarauá, foram detectados ainda outros focos de desmatamento ilegal fora da Terra Indígena, que também foram autuadas pelo Ibama.
A operação de fiscalização foi executada em cumprimento de uma decisão da Justiça Federal de Paragominas (PA), que determinou, em tutela de urgência, ações fiscalizatórias e medidas efetivas para autuar e combater responsáveis por infrações ambientais cometidas na Terra Indígena Sarauá.
Após a fase ostensiva de fiscalização, serão levados adiante os trabalhos de polícia judiciária da Polícia Federal, para responsabilização criminal dos eventuais infratores. O nome da operação é uma homenagem a Rieli Franciscato, indigenista morto em 2020 e que dedicou 30 anos de sua vida no cuidado e proteção a povos isolados.
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