PF deflagra operação em garimpos ilegais apontados por poluição ambiental no sudeste do Pará
Os policiais federais cumprem 10 mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (7)
A Polícia Federal (PF) cumpre 10 mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (7) em garimpos ilegais responsáveis pela poluição de rios de abastecimentos de Parauapebas e que trazem ameaças ambientais ao Parque Nacional Campos, em Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará. A operação, que é denominada “Águas Turvas 2”, conta com a participação de 70 policiais federais, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Força Nacional.
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Primeira fase da Águas Turvas
A primeira fase da operação consistiu com sobrevoos ao longo do rio e locais próximos. A PF verificou a presença de outros locais de garimpo ilegal de ouro e cobre.
Preliminarmente, a polícia constatou a presença de retroescavadeiras, caminhões e outras máquinas, vários pontos de extração de ilegal de minérios e modificação severa da cor dos rios – que indicou atividade intensa de garimpagem.
Contaminação do rio Parauapebas
Na primeira operação Águas Turvas, deflagrada no dia 31 de agosto deste ano, o Serviço Autônomo de Águas e Esgoto de Parauapebas (SAAEP) detectou contaminação de afluentes do rio Parauapebas e comunicou a situação ao ICMBio e à Câmera Municipal de Parauapebas, por meio de um ofício.
Foi então que se descobriu que a contaminação vinha, em sua maioria, da atividade de atividade de garimpagem no município vizinho, Canaã dos Carajás. A PF abriu um inquérito para investigar a ocorrência.
Se confirmada a hipótese criminal, os responsáveis poderão responder por crimes ambientais, crime de usurpação de recursos da União, associação criminosa, dentre outros. As investigações seguem em andamento.
Balanço da operação
Durante a realização da operação, a PF divulgou um balanço sobre as apreensões e objetos inutilizados somente na tarde desta quarta-feira (7).
Confira:
- Duas máquinas escavadeiras inutilizadas, avaliadas cada uma em R$ 1 milhão;
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Um britador inutilizado;
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19 buracos buracos de extração de cobre inutilizados, de onde eram extraídos pelo menos R$ 1,5 milhão em cobre por mês;
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Uma retroescavadeira apreendida, que foi entregue ao depositário fiel;
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Apreensão de duas caminhonetes avaliadas cada uma em mais de R$ 200 mil;
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Um carro foi apreendido;
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Apreensão de bombas de combustível, geradores e motores.
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