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PC apura denúncia de invasão em escola de samba de Belém que ajudou a criar enredo da Grande Rio

Tudo aconteceu na madrugada de quarta-feira (10), na Travessa Cesário Alvim, onde a Deixa Falar funciona há mais de 30 anos.

O Liberal
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A escola de samba “Deixa Falar” denunciou que a sede da agremiação, localizada no bairro da Cidade Velha, em Belém, foi invadida por homens desconhecidos e agentes da Polícia Civil sem mandados. Em nota divulgada à imprensa, a assessoria das Escolas de Samba Associadas (ESA) informou que tudo aconteceu na madrugada de quarta-feira (9), na Travessa Cesário Alvim, onde a agremiação funciona há mais de 30 anos. Em nota, a PC nega o ocorrido.

"A Polícia Civil informa que não é verdade que agentes da instituição invadiram um imóvel no bairro da Cidade Velha, em Belém. Uma equipe da Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE) foi acionada após receber uma denúncia, feita pelo dono do local, de apropriação indevida do prédio. A PC foi até o imóvel para identificar e intimar os responsáveis pelo crime. Uma pessoa compareceu à DIOE para prestar esclarecimentos, onde, em seguida, foi feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por esbulho possessório, além de assinar um Termo de Compromisso de Comparecimento à Justiça quando convocada", esclareceu.

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Conforme a versão da “Deixa Falar”, a ação de invasão teria ocorrido com os veículos oficiais da PC sem placas visíveis e sem a apresentação de qualquer mandado judicial ou documentação que legitimasse a operação.

“Um homem não identificado com uma equipe munida de materiais de obra chegou acompanhado de viaturas da Polícia Civil, no endereço acima citado, e eles depredaram e demoliram as dependências da agremiação, os agentes, com armas em punho, atuaram para obstruir qualquer tipo de ação dos proprietários da área que sedia a agremiação carnavalesca”, diz a nota da escola de samba.

Ainda conforme a ‘Deixa Falar', a presidência da escola de samba informou que não houve apresentação de ordem judicial para reintegração de posse. Além disso, a ação teria ocorrido de forma abrupta, sem diálogo ou aviso prévio. A diretoria da escola informou que lamenta profundamente o ocorrido e cobra respostas das autoridades responsáveis. “É uma violência contra a cultura popular, contra a história da nossa cidade e contra uma instituição que vem promovendo arte, inclusão e cidadania há mais de três décadas”, afirmou Esmael Tavares, presidente da Deixa Falar, na nota.

“A Deixa Falar é uma das escolas mais tradicionais de Belém, tendo conquistado o 4º lugar no Carnaval de 2025 e ganhado destaque nacional ao vencer o Festival de Samba Enredo promovido pela Grande Rio, no Rio de Janeiro. A escola foi responsável por um dos momentos mais emocionantes da Marquês de Sapucaí este ano, ao homenagear o estado do Pará em sua apresentação”, destacou a agremiação carnavalesca.

Na nota, também foi informado que a Escolas de Samba Associadas (ESA), colocou o departamento jurídico à disposição da afiliada. O presidente da ESA também destacou que a ação seria um golpe na história da agremiação e da cultura popular. “Absurdo que autoridades garantidoras de direitos apoiem uma ação com tamanha arbitrariedade, sem apresentação de nenhum documento que a valide. O que entendemos é que os agentes apoiaram uma ação de invasão de terra”, pontuou Fernando Guga, presidente da ESA.

As medidas jurídicas da Deixa Falar estão sendo realizadas e acompanhadas pelo advogado André Cavalcante, membro da direção jurídica da ESA.

Por meio de um comunicado publicado nas redes sociais, a ESA reforçou que “se solidariza e lamenta profundamente o episódio arbitrário e traumático vivido pela Escola de Samba Deixa Falar”. A ESA pede que “os órgãos oficiais, que devem garantir a segurança social e os direitos dos cidadãos, tomem as medidas necessárias e cabíveis, e responsabilize os agentes que, neste caso, agiram de forma arbitrária e ilegal”.

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