Homem faz passageiros de ônibus reféns na avenida Almirante Barroso
Ninguém ficou ferido. Caso foi registrado na Seccional da Sacramenta.
Um homem armado com um simulacro de arma de fogo - o que só foi descoberto horas depois - fez reféns passageiros do ônibus Tapanã-Ver-o-Peso/Troncal na avenida Almirante Barroso, próximo à avenida Júlio César, no sentido Entroncamento - São Brás, por volta das 20h, desta segunda-feira (4). Após 50 minutos de tensão, ele se entregou à Polícia Militar, mas antes pediu a presença da companheira dele, e foi atendido.
Ninguém ficou ferido, embora alguns passageiros tenham precisado da assistência de socorristas do Corpo de Bombeiros e do próprio Samu 192, em razão do estado de extremo nervosismo. O caso foi registrado na Seccional da Sacramenta.
A negociação para liberação dos reféns
"Ele estava exageradamente nervoso e repetia que era a primeira vez que se envolveu no crime e tinha receio pela própria vida dele, mas demonstramos que o processo da Polícia Militar era levá-lo direto para a Delegacia e apresentá-lo para a autoridade competente", contou o coronel PM Giorgio Mariúba, comandante do Comando de Policiamento da Capital II (CPC II), pouco tempo depois do assaltante liberar a última refém, uma mulher, e se entregar à Polícia Militar.
O Coronel Mariúba foi quem negociou a rendição do homem, desde o início. Foram cerca de 40 minutos de negociação. "Com a confiança, ele foi se acalmando, ele tinha em média oito, dez reféns, mais ou menos isso. Uma arma que no fim nós soubemos era um simulacro, mas aí o tratamento dado é como se fosse uma arma real", destacou o coronel, acrescentando que a Polícia Civil ainda levantaria se, de fato, o suspeito não tinha passagens pela polícia.
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Motorista do ônibus avisou à PM
Motorista do veículo, Paulo Roberto Pereira dos Santos, 41 anos, contou que o suspeito subiu no veículo na primeira parada da avenida Almirante Barroso. "Eu vi logo que ele estava numa movimentação estranha, então quando vi a viatura, já fui encostando o ônibus, jogando a mão para fora e dando sinal. A polícia rapidamente chegou junto", contou o motorista, acrescentando que esta foi a segunda vez, em 10 anos de empresa, que ele sofre um assalto com reféns no coletivo e consegue avisar à polícia. A primeira vez aconteceu no ano passado.
Paulo Roberto contou que o homem subiu no coletivo, pagou a passagem normalmente, e quando chegou na parte de trás começou o assalto aos passageiros. Mas, a primeira passageira que ele abordou, logo gritou e ele ficou extremamente nervoso. "Ele começou a dizer que era a primeira que ele assaltava na vida. Estava com problema com a filha pequena. Então, quando vi a viatura fiz logo o sinal, ele só me olhou e disse 'pô, motora, a mancada foi tua".
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