Paraense presa na Indonésia: jovem conversa pela primeira vez com família após detenção
A jovem embarcou de Florianópolis no final de dezembro e foi detida com aproximadamente 3 quilos de cocaína em Bali. Desde então, ela não havia conseguido contato com seus familiares
A paraense presa e indiciada por tráfico de drogas na Indonésia, Manuela Vitória de Araújo Farias, 19 anos, conseguiu conversar com a família pela primeira vez na madrugada desta sexta-feira (3). A informação foi confirmada pelo advogado contratado para defendê-la, Davi Lira da Silva. A jovem embarcou de Florianópolis (SC) no final de dezembro e foi detida com aproximadamente três quilos de cocaína em Bali. Desde então, ela não havia conseguido contato com seus familiares. Com informações do site Metrópoles.
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Segundo o advogado criminalista Davi Lira da Silva, que acompanha o caso, a embaixada do Brasil na Indonésia também conversou com Manuela. No país, segundo o Ministério das Relações Exteriores, “pessoas detidas com entorpecentes, em qualquer quantidade poderão ser condenadas a penas que variam de vários anos de prisão até a pena de morte”.
A jovem mora em Santa Catarina, onde vive a mãe. Ela também tem residência no Pará, onde o pai mora. Ainda conforme o advogado, Manuela atuava como autônoma, vendendo perfumes e lingeries no Brasil. “Ela disse que está emocionalmente mais estável e que tem confiado em Deus. Que Ele é senhor do impossível e que tem uma nova história pra ela”, afirmou Silva.
Relembre o caso
Manuela Vitória de Araújo Farias, 19 anos, está presa desde o dia 31 de dezembro na Indonésia. Ela foi capturada na ilha de Bali, no sudeste asiático, com 2,5 quilos de cocaína, uma hora antes do Réveillon. Segundo o advogado Davi Silva, a paraense foi abordada por uma organização criminosa, em Santa Catarina, com a promessa de uma viagem à Indonésia. De início, ela não sabia que se tratava de uma trapaça e acreditou na fala dos criminosos, disse o defensor.
Para que viajasse com tudo pago ao país asiático, desfrutando da estadia e da promessa de surfar, apesar de não ser profissional do esporte, ela precisaria fazer apenas uma coisa: levar uma encomenda. Após um tempo, a jovem teria desconfiado que se tratava de um golpe e então decidiu informar às pessoas que haviam lhe contratado que não faria mais a viagem. Foi então que eles supostamente a ameaçaram, dizendo que ela teria que devolver o dinheiro investido na compra das passagens para que outra pessoa pudesse ir em seu lugar, o que ela não tinha meios de fazer.
Ainda de acordo com o advogado criminalista, que responde pela família e por Manuela, amedrontada, a paraense preferiu arrumar as malas com destino à Indonésia. Assim que chegou no país, foi presa com o entorpecente colocado no pacote entregue pelos criminosos e indiciada por tráfico de drogas.
As leis no pais são rigorosas e para esse tipo de crime a condenação pode chegar até pena de morte e prisão perpétua. Uma vaquinha online foi criada para ajudá-la a conseguir um advogado especialista em tráfico internacional da Indonésia, que tentará a amenização da pena. O pedido de doações via pix é para que a família possa arrecadar 150 mil dólares (o equivalente a R$ 750 mil), para os custos advocatícios.
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