Paraense é encontrada morta dentro de apartamento na França
Família acredita que a ex-companheira da vítima tenha colocado substâncias ilícitas na bebida dela, provocando uma overdose
Uma mulher transexual paraense foi encontrada morta dentro de um apartamento, na madrugada desta segunda-feira (7), em Paris, na França. De acordo com informações repassadas pela família da vítima, identificada como Beatriz Souza, de 38 anos, a suspeita é de que a ex-companheira tenha colocado substâncias ilícitas na bebida dela, provocando uma overdose. As autoridades policiais do Brasil e da França, porém, ainda não confirmaram oficialmente essa linha de investigação.
A pessoa que esteve com Beatriz na noite de sua morte ainda teria gravado vídeos de Beatriz agonizando dentro do apartamento. “Tem várias versões. Mas o que a gente mais acredita é que colocaram substâncias proibidas dentro da bebida dela. E a Pietra (ex-companheira) filmou tudo, viu ela agonizando e ficou debochando. Não ajudou em nada. Nós só queremos que ela seja lembrada e que a justiça seja feita”, disse à reportagem um primo de Beatriz, que preferiu não ser identificado.
Beatriz cresceu no bairro da Cremação, em Belém. O primo dela não soube informar se a família pretende trazer o corpo para o Brasil. “A gente se falava bem pouco. Mas ela falou para a mãe dela que, se uma dia acontecesse alguma coisa, ela não queria que trouxessem o corpo dela para cá”, afirmou.
Ainda segundo o rapaz, a ex-companheira de Beatriz já está presa. A família tenta contato com a polícia francesa, na busca por informações sobre como deve proceder com o caso.
Procurada ao longo desta quarta-feira (9), a Polícia Federal no Pará prometeu publicar nota a respeito da apuração do caso e detalhar como as investigações sobre a morte em Paris se darão, pela polícia francesa. O Liberal também pediu informações sobre como funciona a investigação internacional num caso como esses. No início da noite, a PF no Pará limitou-se a dizer que essas informações só serão prestadas pela PF em Brasília (DF). A redação integrada de O Liberal ainda aguarda mais informações.
A reportagem ainda tenta contato com o consulado da França em Belém, e com a Embaixada Brasileira na França, para ter mais detalhes sobre a apuração e sobre o possível traslado do corpo para o Brasil, mas ainda não tivemos retorno. Acompanhe.
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