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Operação policial no RJ resulta na morte de quatro paraenses ligados ao Comando Vermelho; vídeo

Um dos criminosos que morreu em confronto com a polícia foi Leonardo Araújo, conhecido pelo apelido de “L41”, o líder da facção no Pará

O Liberal

Quatro paraenses, apontados como integrantes da facção criminosa Comando Vermelho, morreram durante uma ação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (23). Um deles é o Leonardo Araújo, conhecido pelo apelido de “L41”, líder da facção no Pará. Os outros três não tiveram os nomes revelados.  A ação foi realizada em conjunto pela Polícia Civil do Pará e do RJ e, também, da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ), com apoio de quatro veículos blindados e três helicópteros. Dados divulgados pelas autoridades no final da tarde, informaram a apreensão de 13 fuzis e 11 armas curtas.

Até a última atualização desta matéria, foram registradas 11 mortes, todas de faccionados do Comando Vermelho. Alguns paraenses, também ligados à facção, foram presos. O número de criminosos capturados na ação não foi informado.

Um dos presos é Eduardo Lisboa Fonseca, conhecido pela alcunha de “Gordinho do Morro”, que ficou ferido durante o confronto com a polícia. As investigações apontaram que ele seria o idealizador de missões criminosas em Bragança, no nordeste do Pará.

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A informação foi confirmada na tarde desta quinta-feira (23) pelo secretário de Segurança Pública do Pará, Ualame Machado

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Segundo o governador Helder Barbalho, o criminoso seria responsável por, também, ordenar ataques no Rio de Janeiro

O titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Ualame Machado, revelou, durante coletiva de imprensa na Delegacia Geral de Polícia Civil do Estado do Pará, que essa operação foi um golpe duro contra o Comando Vermelho.

“A Polícia Civil do Pará identificou as principais lideranças criminosas no Estado que, no entanto, se encontravam todas fora daqui, do Pará. Em razão disso, pedimos o apoio das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, tendo em vista ser um território carioca, fluminense. Precisamos do apoio deles para entrar nessa área e eles deram todo suporte, com aeronaves e carros blindados, para que pudéssemos ter êxito. Certamente, foi dado o maior golpe que essa organização poderia ter no Estado. A sua principal liderança (L 41), que era alvo de vários mandados de prisão, infelizmente, não conseguimos prendê-lo, veio a óbito em confronto com a polícia.

Além de Leonardo Araújo, mais três paraenses que também integravam a organização morreram. "Estamos fazendo a identificação dos demais envolvidos. Alguns paraenses que atuavam como lideranças do interior do Pará e ficaram feridos nessa operação estão presos. As lideranças que não estão no Estado, vamos buscar um a um”, contou o secretário da Segup.

image Das 11 mortes registradas, até o momento, na operação quase metade foi de paraenses (Saul Anjos / O Liberal)

Subida na chefia da facção

'L 41' era natural de Belém, morou na Cremação e em outros bairros da capital paraense. Ele assumiu o comando da facção após a prisão de Claudio Augusto Andrade, o Claudinho do Buraco Fundo, em setembro de 2020. 

Nesses últimos anos, 'L 41' ficou escondido em comunidades do Grande Rio, coordenando um plano de expansão da organização criminosa com a compra de armas e munições, financiadas pelo tráfico de drogas, roubo, extorsões, sequestros e cobrança de valores mensais dos integrantes da organização criminosa no Pará e também no RJ.

image L4 1 era considerado chefe do Comando Vermelho no Pará e vinha sendo investigado por mais de 15 crimes (Reprodução / Redes Sociais)

“Ele recebeu apoio dos seus comparsas assim que tomou a liderança. Nós passamos meses tentando encontrar a forma exata de fazer essa entrada na comunidade e subida do morro. No Rio, tinha um grupo chamado de "Tropa do 41” e “Tropa do Pará”, de paraenses ligados a essa organização, que atuavam no Estado, mas estavam no RJ”, comentou Ualame. 

Operação foi planejada desde agosto de 2022

O delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende, explicou que a operação desta quinta-feira (23) vinha sendo planejada desde agosto do ano passado. O momento ideal para a execução surgiu quando os policiais descobriram que os criminosos estavam saindo da Penha, na Zona Norte do Rio, com destino a São Gonçalo. 

“A operação foi realizada nesta quinta, mas, desde agosto do ano passado estava sendo articulada. Tivemos hoje (quinta), junto com os colegas do Rio, a possibilidade de adentrar em São Gonçalo, aproveitando que eles (criminosos) fizeram uma migração de onde estavam na Penha. Entre os 11 mortos, quatro são paraenses, incluindo Leonardo Araújo, que era, sem dúvida alguma, o grande mentor de muitos desses crimes que estavam ocorrendo no Pará”, esclareceu Resende. 

Ação continua para cumprimento de prisões e outros mandados 

O governador Helder Barbalho disse, por meio de sua conta no Twitter, que a ação continua. Ele informou que estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão. Helder aproveitou para parabenizar e agradecer as polícias civis do Pará e do Rio, o governador do RJ, Cláudio Castro, e o sistema de segurança do estado do Norte do país. "(...) A operação segue em andamento e também estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão. Parabenizo e agradeço a Polícia Civil do RJ, em nome do Governador do RJ, Claudio Castro, e o sistema de segurança do Pará, a partir da PC do Pará", disse o governador em um tweet.

Pará entra em alerta após morte de ‘Léo 41’

Agentes de segurança pública entraram em alerta após a morte do L41. A informação foi confirmada pelo secretário da Segup, Ualame Machado, na coletiva. “Tendo em vista os eventos ocorridos no esta​​do do Rio de Janeiro, na data de hoje, em que houve confronto entre policiais e membros de facções criminosas, divulgamos o presente comunicado de alerta a todos os servidores de Segurança Pública do Pará”, diz o texto que começou a circular nas redes sociais nesta quinta e foi confirmado pelas autoridades.

A mensagem diz ainda que “tendo em vista a possibilidade de reação criminosa por parte de integrantes do Comando Vermelho, solicitamos a todos os agentes de segurança pública que elevem ao máximo o nível de atenção tanto durante o serviço, mas, especialmente, nos períodos de folga, de maneira que evitem se colocar em situação de risco e vulnerabilidade”.

“Pedimos, por fim, que qualquer ameaça ou informação relevante sobre o assunto seja imediatamente comunicada a seu superior, para que medidas sejam tomadas pelo Sistema de Segurança Pública”, finaliza o texto.

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