Operação no Pará e mais três estados cumpre mandados de prisão contra organização criminosa
Grupo empresarial de investimentos financeiros é suspeito de crimes contra a economia popular, lavagem de dinheiro, entre outros. Em dois anos, a associação criminosa movimentou R$ 156 milhões
Uma operação da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta sexta-feira, 14, cumpre uma série de mandados de prisão, busca e aprensão, além de bloqueio de bens e valores em Belém e outras cidades no norte e nordeste do país. A ação busca repreender grupo empresarial, do ramo de investimentos financeiros, suspeito de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, contra a economia popular, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A operação, intitulada Fair Play, busca cumprir, ao todo, sete mandados de prisão temporária e 18 ordens judiciais de busca e apreensão nas cidades de Belém e também Manaus (AM), Boa Vista (RR) e Natal (RN). Também foi determinado bloqueio de bens e valores das pessoas físicas e jurídicas investigadas, tal como o sequestro de bens móveis e imóveis que, eventualmente, estejam em sua posse.
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As pessoas investigadas fazem parte de empresa, que integra grupo empresarial, com o objetivo de atrair, em especial, servidores públicos e aposentados. Segundo as investigações, o grupo atuaria nos mais diversos segmentos comerciais, que envolviam desde à promoção de eventos a fim de divulgar suas atividades, a exemplo da realização de shows com atrações nacionais na cidade de Manaus, campeonatos de pescaria, patrocínio de equipe de e-sports, até a compra e venda de automóveis.
Em um período de dois anos, o grupo empresarial investigado movimentou, aproximadamente, R$ 156 milhões. Segundo a PF, os sócios e representantes da empresa apresentaram evolução patrimonial meteórica, enquanto ostentavam um alto padrão de vida em redes sociais, residindo em condomínios de luxo, realizando viagens nacionais e internacionais e adquirindo veículos e embarcações também de luxo.
Os crimes em apuração vão desde crimes contra o sistema financeiro, contra a economia popular, lavagem de dinheiro a organização criminosa, dentre outros, cujas penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de prisão
Sobre a operação
O nome da operação é uma alusão à conduta ética exigida na prática de esportes, que preza pela atuação em conformidade com as regras estabelecidas. Da mesma forma, essa operação policial tem como objetivo revelar a atuação irregular de grupo empresarial no ramo de investimentos financeiros, fornecendo aos órgãos de controle e regulação subsídios para repressão administrativa, cível e penal.
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