Naufrágio na Ilha de Cotijuba: hélice da lancha já tinha apresentado problema, diz defesa de família
A pane teria sido registrada no mesmo trajeto, ou seja, durante viagem que saiu do porto de Camará
A lancha Dona Lourdes II teria apresentado problema no sistema de hélice uma semana antes do naufrágio nas proximidades da ilha de Cotijuba, ocorrido no dia 8 deste mês em Belém. A pane teria sido registrada no mesmo trajeto, ou seja, durante viagem que saiu do porto de Camará, na ilha do Marajó, com destino à capital paraense. A afirmação foi feita, na quarta-feira (20), pelo advogado criminalista Marco Pina, que trabalha na defesa de uma mulher que perdeu o marido e a filha no naufrágio.
Pina declarou ainda que, enquanto foi verificar o que tinha acontecido, Marcos de Souza Oliveira deixou o comando da embarcação com a esposa dele. E ela, que supostamente não é habilitada para conduzir embarcações, teria deixado a lancha desgovernada. Para o criminalista, diante desses acontecimentos, o naufrágio da lancha Dona Lourdes II foi uma “tragédia anunciada”.
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“Uma semana antes deste trágico naufrágio esta mesma lancha, que vitimou até agora, vinte e duas pessoas, fez um trajeto Caramá-Belém, mesmo não sendo autorizada a sair do porto de Camará. Não sei quem está por trás disso. E, nesse trajeto, uma semana antes do acontecido, viajou nessa lancha, pilotada pelo mesmo comandante que está preso hoje, viajou uma prima da senhora que me contratou e perdeu dois entes queridos”, iniciou Marco Pina.
“A prima relatou que a lancha deu problema na hélice. O dito piloto deixou o comando da lancha com a sua esposa, que não deve ser habilitada, enquanto ele foi resolver o problema da hélice. E, segundo a prima desta senhora, enquanto a condução da lancha era feita pela esposa do Marcos, a lancha ficou desgovernada, porque a esposa do Marcos não tem habilitação e não sabia conduzir. Tudo isso é para vocês verem que foi uma tragédia anunciada o que aconteceu. É muita irresponsabilidade do piloto deixar a sua esposa conduzir uma lancha conduzindo pessoas. Era uma tragédia anunciada”, defendeu Pina.
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