Naufrágio Combu: Bombeiros encontram dois últimos corpos na manhã desta terça-feira
O naufrágio da embarcação "rabeta", que fazia a travessia do Combu para Belém, ocorreu na noite do último domingo (09). Dez pessoas estavam a bordo. Quatro morreram
O Corpo de Bombeiros Militar do Pará informou na manhã desta terça-feira, 11, que as equipes de buscas do Grupamento Marítimo e Fluvial localizaram, por volta das 07h15 da manhã de hoje (11), dois corpos, na ilha das Onças, região de Barcarena. Segundo as autoridades, a própria população ribeirinha teria acionado a Marinha do Brasil e o Corpo de Bombeiros informando sobre um dos corpos, que estaria a aproximadamente 50 metros da margem da ilha. Quando as autoridades chegaram ao local, os ribeirinhos também já haviam localizado o segundo corpo, que estava há cerca de 200 metros do primeiro.
As autoridades realizaram o procedimento de remoção das duas vítimas do sexo masculino. Segundo o sargento Raildo, do CBM, devido às vítimas terem sido localizadas no terceiro dia de buscas, já estavam em avançado estado de decomposição. Conforme informou o sargento, se trata de Natalino Pantoja, de 77 anos, e Paulo Bittencourt, de 31 anos, as duas últimas vítimas do naufrágio que ainda estavam desaparecidas.
"Fomos acionados pela Marinha. Os ribeirinhos disseram que tinham encontrado um corpo lá próximo a Ilha das Onças, perto do furo das laranjeiras. Nos deslocamos para lá e encontramos o primeiro. Cerca de 500 metros do primeiro corpo estava o segundo flutuando. Fizemos a remoção até o pier do GMAF e depois encaminhamos para o IML, onde será feito o reconhecimento pela familia", informa o Sargento Raildo.
Orientações
Conforme a autoridade, a orientação passadas pelas autoridades nesse período de intensas viagens marítimas, devido às férias escolares, é que todos sempre usem o coletes salva vidas. "Como Corpo de Bombeiros, sempre orientamos que a população utilize o colete, a proteção. Nesse período de grande tráfego marítimo, devido o deslocamento para o Marajó, Ilha das Onças, etc, pedimos que as pessoas usem o equipamento de proteção".
Se for viagens particulares, que cobrem do comandante da embarcação o número exato para a quantidade de passageiros. Se for uma questão familiar, como era a das vítimas do naufrágio, que adquiram esse colete. Em casos de naufrágio, a chances e esperança de encontrar com vida aumenta quando a população está com o colete", declara.
Durante coletiva na última segunda-feira, a Marinha confirmou que 10 pessoas estavam na embarcação do tipo rabeta. Eles realizavam uma travessia da ilha do Combu para Belém, na noite do último domingo. Ainda na noite do domingo, foi confirmado que um bebê de 6 meses que estava na embarcação foi socorrido após o acidente. Ele levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jurunas, onde morreu.
Na manhã de segunda-feira, o corpo da tia do bebê foi encontrado boiando próximo à área do portal da Amazônia. O corpo de Sarah Oliveira, de 29 anos, foi encontrado em frente ao Portal da Amazônia, no bairro do Jurunas.
Relembre o caso
Depois que o caso começou a repercutir, as primeiras informações foram de que a rabeta que fazia a travessia da ilha do Combu para Belém rabeta teria sido atingida por um barco que faz viagens de turismo. No entanto, essa suspeita foi descartada na tarde posterior ao acidente pela Marinha do Brasil. Seis ocupantes conseguiram se salvar. Os familiares comemoraram na ilha o aniversário do bebe, uma das vítimas do acidente.
O tenente-coronel Taylor Bruno Anaissi, coordenador de operação do Grupamento Fluvial de Segurança Pública do Estado (Gflu), falou à imprensa ainda na segunda, no Comando do 4º Distrito Naval, que a embarcação não possuía nenhum registro na Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR), o que reforça a hipótese de irregularidade. A suspeita de que o tempo ruim teria provocado o acidente, que já havia sido apontada por testemunhas, foi reforçada por Anaissi durante a coletiva.
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