Mulher que matou homem a facada após ser rejeitada é condenada a mais de 7 anos de prisão, em Belém
A decisão ocorreu na manhã desta sexta-feira (12), durante sessão na 4ª Vara do Tribunal do Júri de Belém. O homicídio aconteceu no bairro da Pratinha, em Icoaraci, em 2016
Ivoni Silveira Tavares, 40 anos, foi condenada a cumprir sete anos e seis meses de prisão em regime semiaberto pelo assassinato do comerciante Robert John dos Santos Van Cornewal. A decisão ocorreu na manhã desta sexta-feira (12), durante sessão presidida pelo juiz Cláudio Hernandes Silva Lima, na 4ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, localizada no bairro da Cidade Velha, na capital. O homicídio aconteceu por volta das 22h, do dia 29 de maio de 2016, na travessa 28 de fevereiro, no bairro da Pratinha, na região distrital de Icoaraci.
O inquérito policial aponta que o crime foi realizado após a acusada ter sido rejeitada pela vítima depois de ter revelado seus sentimentos amorosos, enquanto ambos tomavam bebida alcoólica em um bar, em frente à casa de Robert. Ele havia dito para Ivoni que era casado, quando começou uma discussão entre os dois no local. Sua esposa, Milena Carolina Silva da Luz, contou que presenciou a discussão e tentou levar o marido para a residência onde eles moravam - uma kitnet.
Nesse momento, houve o primeiro embate entre Ivoni e Milena, chegando a agressão física. Algumas horas depois da discussão, Ivoni teria invadido a casa do casal, e as duas mulheres começaram a brigar novamente, desferindo socos e chutes uma na outra. Em determinado momento, a acusada, após receber um soco e cair no chão, teria encontrado uma faca, próximo a um fliperama que havia na residência. Foi quando Ivoni, ainda sob efeito da bebida alcoólica, tentou atingir Milena com a arma branca, porém, acabou atingindo Robert.
O homem ainda conseguiu pegar um terçado e caminhou para tentar atingir a acusada, no entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu. Ivoni afirma que recebeu nove golpes de terçado. Robert sofreu hemorragias interna e externa, segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML).
Ao final do Tribunal do Júri, os jurados acolheram parcialmente a acusação e a defesa, e votaram desclassificando o crime para homicídio privilegiado. A defesa sustentou as teses de legítima defesa, por ter sido um único golpe desferido por Ivone, e que o crime foi praticado por violenta emoção, pelo fato da acusada ter se sentido rejeitada pela vítima. O defensor público Alex Mota Noronha disse na tribuna que deve recorrer à decisão. A acusada tem cinco filhos, todos maiores de idade, e está separada do marido, pai dos seus filhos.
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