Mulher é assassinada com tiro na cabeça no Telégrafo; ex é o principal suspeito
O crime ocorreu na invasão Beira Mar, uma área de difícil acesso da capital paraense
Bruna Pereira Vilhena, de 34 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça nesta sexta-feira (25), dentro da casa onde morava no bairro do Telégrafo, em Belém. O crime ocorreu na invasão Beira Mar, uma área de difícil acesso, onde os moradores vivem em condições precárias. O principal suspeito do assassinato é o ex-companheiro da vítima. Ele não teve identidade revelada, mas, segundo as autoridades policiais, trata-se de um foragido do sistema penitenciário paraense. O homem, que foi visto pelos vizinhos no momento da fuga, deixou o local tomando rumo desconhecido, e ainda não foi preso. A Polícia Civil, por meio da Divisão de Homicídios, vai investigar a morte de Bruna como feminicídio. A jovem deixou dois filhos.
No local do crime, policiais civis e militares do 1º Batalhão conseguiram apurar que Bruna e o suspeito estiveram juntos na madrugada desta sexta. O ex-casal teria discutido, momento em que o homem desferiu um tapa no rosto da vítima. Após isso, ainda na madrugada, Bruna teria saído para beber com algumas amigas. O suspeito surgiu no local onde ela estava, dizendo que queria ter uma conversa, informaram os policiais. Ambos foram para a casa onde Bruna morava.
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Vizinhos relataram à polícia que, por volta das 4h, ouviram um único disparo vindo da residência da vítima. Em seguida, ainda de acordo com relatos dos moradores para os policiais, o homem foi visto fugindo pela janela. O suspeito deixou para trás o relógio que costumava usar. Esse acessório foi apreendido pela Polícia Civil. Bruna trabalhava em uma lanchonete dentro da Universidade Federal do Pará (UFPA), onde ela deveria estar às 14h desta sexta.
Como não apareceu no serviço, familiares e amigos da vítima começaram a procurá-la. Uma irmã de Bruna se deslocou para a casa onde a jovem morava. Pela brecha da porta, por volta das 17h, a mulher enxergou o corpo da irmã jogado ao chão e ensanguentado, motivo pelo qual arrombou a residência. A Polícia Militar foi acionada e esteve no local para fazer o levantamento das primeiras informações sobre o ocorrido.
O corpo de Bruna foi analisado e removido pela equipe de peritos da Polícia Científica do Pará (PCP). “Infelizmente, nós não conseguimos coletar o projétil, porque a casa é de madeira. Tem muita greta e pode ter caído na lama. Basicamente, foi isso: um tiro na região da cabeça e ela deve ter morrido na hora”, afirmou o perito Jorge Lopes. Ainda segundo ele, a residência não apresentava características que pudessem indicar que ali ocorreu luta corporal entre o ex-casal.
Familiares e vizinhos de Bruna acompanharam o trabalho das equipes policiais. Eles estavam bastante abalados, chorando a todo instante e não quiseram falar com a imprensa. Informações que ajudem a polícia a localizar e prender o suspeito podem ser repassadas ao Disque-Denúncia, por meio do número 181. A ligação é gratuita, com anonimato garantido.
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